quinta-feira, 28 de maio de 2009

Sobre a decisão final do Conar

Primeiramente desculpe mas tive que estudar pra provas de duas matérias que eu não gosto muito, o que quer dizer que passei as últimas duas semanas lendo todos os textos que eu não quis ler ao longo do semestre.
Pra quem não sabe o Conar é um órgão de autoregulamentação da publicidade brasileira. No último dia 20 o conselho de ética do órgão decidiu revogar a decisão que proibia a veiculação do polêmico comercial da Doritos e arquivaram o caso.1
Em uma nota oficial da Pepsico (dona da marca Doritos) em relação a acusão de homofobia foi dito que "a diversidade e inclusão são pilares defendidos pela empresa. Nunca aceitaríamos o risco de veicular qualquer mensagem discriminatória (…) e desrespeitar os homossexuais seria inaceitável tanto para a Pepsico quanto para sua agência de propaganda, a AlmapBBDO"; e que "Especificamente no caso do YMCA, a dançinha é tratada, de forma irreverente, como algo fora de moda e não faz nenhuma menção ao homossexualismo".2 Nesse mesmo comunicado dizem que o comercial foi testado antes de ser veiculado. Testado por quem? Perguntaram a orientação sexual dos entrevistados? NOT!
Não vou comentar o uso da palavra homossexualismo. Mas não consigo deixar de estranhar como parece que a Pepsico é uma pessoa capaz de aceitar ou não. Como se essas empresas não fosse dirigida por pessoas que estão contextualizadas em um mundo que possui preconceitos, querendo ou não.
Agora o que eu acho mais... interessante é o profundo conhecimento sobre o mundo da dança da Pepsico. Quer dizer que além de produzir comidas e bebidas eles tem formação em dança. Até consigo imaginar o povo cantando e dançando na fábrica como no filme da Björk.

Mas o que mais me impressiona é o argumento que diz que YMCA foi apropriada pelos gays. Alguém já viu o grupo que canta essa música? Já prestou atenção na letra? Os integrantes do grupo, originalmente, são gays. O ritmo é disco dos anos 70. O figurino evoca o imaginário gay. Preciso dizer mais alguma coisa?

6 comentários:

  1. Young man, there's no need to feel down.

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  2. Vamos parar com o combate ao uso de "homossexualismo". Caiu o uso relacionado a doença, mas o termo ainda pode ser usado para se referir ao exercício da Homossexualidade.
    Calm down, que aos poucos mudamos o mundo.
    Quero me desculpar com nosso único e sexy leitor pelo meu sumiço também, mas além da preguiça quando raramente estou com tempo, raramente estou com tempo. Nem entro mais no MSN... acho que fiquei deprimido com o fim dos vídeos de famosos da Felina...
    Mas enfim, volto a escrever em breve. Precisamos nos aquecer para o mês do orgulho!

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  3. Sim (se o sexy leitor for eu) senti sua completa falta de appearing no msn, até escrevi lá para você off line, mas nada ocorreu, como pouco entro no msn também, creio que por aqui será nosso único contato. Bom, seguiremos.
    Voltando aos "ismos" ... então caiu chamar homossexualismo ser uma forma de classificar isso como doença ... Nossa, pessoal informado, quero saber onde enfiaram o estrabismo, nanismo, eteceterismo ...

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  4. O problema com a palavra nem é esse? Mas confirma o que eu quero dizer sobre empresa ser feita de pessoas. E a pessoa que escreveu a nota não teve o interesse de procurar sobre o assunto antes de escrever. Uma pessoa, que representa uma empresa que não sabe que essa palavra não deve ser usada, ainda mais num pronunciamento do tipo. É errado sim para pessoas com vidas públicas usarem esse termo. Eles são pagos pra se informar. Eu faria um trabalho melhor. Garanto. =D

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  5. O mais bizarro é que se já tinham tirado o comercial do ar porque insitir em que ele voltasse?

    Pra mim isso é o mesmo que dizer que eles não se importam em ter ofendido. Pra mim ofendeu, tira do ar e pede desculpas. Simples assim. Ficar insistindo em dizer que a culpa é do ofendido pra mim é feio. Ainda bem que eu não tomo Pepsi, mas nucna mais tomo H2O nem compro o Doritos.

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  6. Não se preocupe, sexy man, que semana que vem estarei BOMBANDO no MSN. Pode me aguardar.

    O "ismo" como doença ainda é usado nesses exemplo, mas não se aplica dessa forma a tudo. Por exemplo:paisagismo, fisiculturismo, nacionalismo...

    E concordo com o Literatum, se deu problema, não era para ter voltado.

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