Na sexta passada teve a estréia de "Amor e sexo", novo programa da Rede Globo, apresentado por Fernanda Lima. Nos moldes do "Altas Horas", mas centrado em sexo, ainda não vi muita coisa para dar uma opinião conclusiva, mas acho legal termos um espaço para falar do assunto na emissora.
Além de joguinhos e matérias, o programa conta com uma sexóloga para responder as perguntas do público com embasamento, e o politicamente correto e a modernidade vão garantir que as posições oficiais sejam sempre gay-friendly. Mas é claro, num programa que recebe ligações externas e faz pesquisa na rua, temos que tudo...
No programa de hoje, um pai preocupado ligou para dizer que seu filho é homossexual, e queria saber se pode ter contribuído para que ele optasse por isso, e se há algum tratamento que possa reverter isso.
A doutora falou lindamente sobre como a homossexualidade não é uma doença, e que uma reversão da condição não deve ser buscada. Falou de amor e aceitação, e de como os pais podem afetar seus filhos com uma rejeição do tipo. Depois, foi exibida uma pesquisa nas ruas, com uma maioria de respostas positivas, embora muitos tratem da orientação sexual como algo opcional. De maneira realista, falou-se da surpresa e do choque inicial, mas o amor saiu ganhando como argumento. Uma exceção foi um senhor (que eu nem achei o mais másculo da paróquia...) dizendo que não aceitaria ter um filho gay, pois isso seria sinal de que não o criou bem.
Ok, eu posso ser pouco nobre, mas quando escuto algo assim, tal é a minha revolta que só penso em homicídio mesmo...
Recentemente tivemos a polêmica daquela pseudo-psicolóloga, Rozângela Justino, que disse ter "curado" vários gays, e que se sentia ameaçada pela "militância gay nazista". O assunto acabou passando sem menção aqui no blog, acho até que por ela ter recebido o CHAMADO divino quando comprou um disco do Chico Buarque que veio com músicas de louvor no lado B (um milagre, é claro).
Pode ser também por que eu acho que as pessoas devem ser livres para procurar o que julgarem certo, inclusive uma reversão de seu desejo sexual, ainda que eu só possa concluir, pela minha vivência, que tal esforço é ridículo.
Vou reproduzir abaixo um trecho da carta à psicóloga publicada por Jean Willys:
É possível que os oprimidos se identifiquem com a ideologia de seus opressores mesmo sem terem consciência disso. É por isso que podem existir negros racistas e homossexuais moralistas. E é por isso também, minha senhora, possível que muitos homossexuais que não resistam às pressões e violências diversas impostas pela ordem em que vivemos tenham procurado seu “consultório” em busca de “cura” para a homossexualidade. A este comportamento nós chamamos de homofobia internalizada. Se a senhora fosse uma psicóloga competente e ética, saberia que os objetivos de uma terapia psicológica não podem ser definidos em termos de mudanças de comportamento do paciente. A cura no sentido de restabelecimento do estado anterior a uma doença é um privilégio da medicina e só existe para patologias provocadas por vírus, bactérias ou fungos ou por disfunções orgânicas e hormonais ou, ainda, para certos tipos de câncer. Homossexualidade não é doença, logo, não precisa de cura.
Fica o recado para os pais preocupados então (o que ligou para o programa já teve resposta). Amem seus filhos. Um filho é uma pessoa diferente de você, com quem não necessariamente você vai se identificar, com idéias próprias que não necessariamente você vai apoiar. Cabe, então, o viva e deixe viver. O respeito. E isso já requer uma grande quantidade de amor.
Além de joguinhos e matérias, o programa conta com uma sexóloga para responder as perguntas do público com embasamento, e o politicamente correto e a modernidade vão garantir que as posições oficiais sejam sempre gay-friendly. Mas é claro, num programa que recebe ligações externas e faz pesquisa na rua, temos que tudo...
No programa de hoje, um pai preocupado ligou para dizer que seu filho é homossexual, e queria saber se pode ter contribuído para que ele optasse por isso, e se há algum tratamento que possa reverter isso.
A doutora falou lindamente sobre como a homossexualidade não é uma doença, e que uma reversão da condição não deve ser buscada. Falou de amor e aceitação, e de como os pais podem afetar seus filhos com uma rejeição do tipo. Depois, foi exibida uma pesquisa nas ruas, com uma maioria de respostas positivas, embora muitos tratem da orientação sexual como algo opcional. De maneira realista, falou-se da surpresa e do choque inicial, mas o amor saiu ganhando como argumento. Uma exceção foi um senhor (que eu nem achei o mais másculo da paróquia...) dizendo que não aceitaria ter um filho gay, pois isso seria sinal de que não o criou bem.
Ok, eu posso ser pouco nobre, mas quando escuto algo assim, tal é a minha revolta que só penso em homicídio mesmo...
Recentemente tivemos a polêmica daquela pseudo-psicolóloga, Rozângela Justino, que disse ter "curado" vários gays, e que se sentia ameaçada pela "militância gay nazista". O assunto acabou passando sem menção aqui no blog, acho até que por ela ter recebido o CHAMADO divino quando comprou um disco do Chico Buarque que veio com músicas de louvor no lado B (um milagre, é claro).
Pode ser também por que eu acho que as pessoas devem ser livres para procurar o que julgarem certo, inclusive uma reversão de seu desejo sexual, ainda que eu só possa concluir, pela minha vivência, que tal esforço é ridículo.
Vou reproduzir abaixo um trecho da carta à psicóloga publicada por Jean Willys:
É possível que os oprimidos se identifiquem com a ideologia de seus opressores mesmo sem terem consciência disso. É por isso que podem existir negros racistas e homossexuais moralistas. E é por isso também, minha senhora, possível que muitos homossexuais que não resistam às pressões e violências diversas impostas pela ordem em que vivemos tenham procurado seu “consultório” em busca de “cura” para a homossexualidade. A este comportamento nós chamamos de homofobia internalizada. Se a senhora fosse uma psicóloga competente e ética, saberia que os objetivos de uma terapia psicológica não podem ser definidos em termos de mudanças de comportamento do paciente. A cura no sentido de restabelecimento do estado anterior a uma doença é um privilégio da medicina e só existe para patologias provocadas por vírus, bactérias ou fungos ou por disfunções orgânicas e hormonais ou, ainda, para certos tipos de câncer. Homossexualidade não é doença, logo, não precisa de cura.
Fica o recado para os pais preocupados então (o que ligou para o programa já teve resposta). Amem seus filhos. Um filho é uma pessoa diferente de você, com quem não necessariamente você vai se identificar, com idéias próprias que não necessariamente você vai apoiar. Cabe, então, o viva e deixe viver. O respeito. E isso já requer uma grande quantidade de amor.
Fico BOBO de ver como às portas de 2010 temos esse tipo de dúvida e discussão na maior rede de televisão do quinto maior país do mundo ... ME TIRA DAQUIIIIIIIIII ...
ResponderExcluirrealmente. se isso tem cura, que eu me mantenha "doente" para sempre. As pessoas não aceitam o diferente simplesmente porque não conseguem pensar, cara. E essa "psicóloga" ou é sapatão enrustida, ou é sapatão assumida!
ResponderExcluirDe resto, nem tenho o que pensar!!!
Ela é cristã assumida...
ResponderExcluirEu só acredito no amor incondicional.
ResponderExcluirFicadica =D
Fico feliz pela volta do Homem
E ultimamente meu ódio por religiões cristãs tem só aumentado. Até porque Israel já reconhece e aceita casamentos gays feitos no exterior.