Notícia do Mix Brasil.
Morreu hoje o homem atacado após a Parada Gay de São Paulo. Marcelo Campos Barros foi espancado por um grupo de pessoas nas proximidades da Praça da República.
O cozinheiro, de 35 anos, sofreu traumatismo craniano e passou por uma cirurgia, mas não resistiu e foi declarado morto nesta tarde.
Segundo amigos, Marcelo sequer participou da Parada e só passava pelo local.
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Com isso, a bomba na dispersão, o corte de verba e a possibilidade de sair da Paulista, fica difícil continuar pensando na Parada como um desfile harmonioso pelos nossos direitos.
Por ser carioca, eu sempre me senti protegido. Já escutei muita coisa, especialmente quando era criança, mas não tenho medo de sair na rua ou de dizer que sou gay quando alguém pergunta. Vivo numa ilusão de que o tamanho da minha cidade me protege.
Mas então, essas coisas acontecem na vizinha e muito maior São Paulo. E aí? Eu sempre tive facilidade em criticar a lamentar os crimes contra travestis no interior do Nordeste, pois é uma realidade distante, que eu posso considerar como apropriada a uma sub-cultura regional.
Mas aí acontece uma coisa assim e em tempos de crise mundial com o Brasil respeitado, eu já estava quase considerando o país como "evoluído", pelo menos de acordo com os meus conceitos.
Mas ainda temos evangélicos impedindo questões GLBT de serem votadas no congresso e gente morrendo de tanto levar porrada, na maior cidade do País, simplesmente por que é dia da (maior) Parada Gay.
Fico PUTO.
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O constragimento,a tristeza e vergonha pela raça humana as vezes são tanto... q preferia ser mineral, animal ou vegetal.
ResponderExcluirAnônimo, you`re back!! Briga com o Homem Inteligente Viril para provar que é você mesmo!!
ResponderExcluirNão precisa brigar não, a gente acredita. =D
ResponderExcluirFaz muito tempo que eu não me sinto protegido. Depois que eu comecei a namorar e percebi que tenho medo de dar a mão prele na rua entendi que o medo existe em mim.
E depois que eu vi fotos de iranianos sendo enforcados simplesmente por serem gays, por mais distante que isso seja, me assusta pensar que existem estados que não só fazem pouco caso sobre assunto, como aqui, mas que estão dispostos a CONDENAR a morte quem ama diferente.
Imagina! Sou uma gracinha de pessoa... não conflito com ninguém.
ResponderExcluirNinguém é que conflita with me.
Vivemos em um mundo que realmente temos de esperar ainda muitas gerações para que caiam DE FATO os preconceitos, e quando falo de preconceito, incluo TODOS eles.
ResponderExcluirMas já há abertura, e agente vai levando.
Vamos colocar abaixo os conflitos, sejam eles ANÔNIMOS ou declarados. Rsrsrsrsrs.