sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Bi the way...

Um homem da Grécia Antiga tinha como dever "cívico" casar com uma mulher (havia imposto para homens solteiros depois dos 40) e procriar. Para a mulher só existia o papel de esposa e mãe. Era permitido ao marido manter relações sexuais com outros homens, prostistutas e qualquer pessoa que não fosse a esposa de outro. Lembrando que nessa época não existiam rótulos como hétero ou gay.

Como as mulheres não eram criadas para serem intelectualmente interessantes, sendo consideradas seres menos racionais que o homem não é de se espantar que os homens preferissem passar mais tempo com outros homens e surgisse algum tipo de atração entre eles. Isso sem falar que fazia parte da educação do jovem grego ter relações (nem sempre sexuais) com outros homens. A pederastia.

Mas o fato de eles serem casados com mulheres, terem filhos e se envolverem com outros homens faria deles BI?

Isso é algo que venho me perguntando ao pensar nesse post. Eu NÃO acredito em bissexuais. Não estou excluindo a possibilidade de existerem, mas simplesmente não acredito porque entendo a sexualidade humana como algo indissociável da afetividade. E não conheço muitas pessoas que tenham atração física e emocional por ambos os sexos igualmente. Sei que o termo não inclui igualdade de atração, mas não acho que uma pessoa possa se definir "bi" se só namora homem ou mulher.

Até porque eu poderia muito bem escolher uma garota que eu ache linda, legal, poderosa e diva que estivesse interessada em mim, tomar um viagra me encher de preliminares e masturbação, penetrá-la e chegar a gozar e não acredito que isso faria de mim BI. Ou faria?

3 comentários:

  1. Discordo, por que acho preconceituoso falar de algo que você não consegue viver como algo "impossível". Eu também não sou bi, mas é leviano dizer que outra pessoa pode não ser. Até temos uma amiga em comum que já namorou uma menina e depois voltou aos homens, lembra? Talvez o caso dela possa ser usado para dizer que era uma "fase lésbica" e ela na verdade é hétero, mas isso é a psicose de identificação que vivemos. Sei que, mesmo não estabelecendo mais ou com tanta facilidade, laços afetivos com mulheres, ela ainda transa com elas, ou com uma mulher e um homem... então para mim ela é bi. E quando ela namorou a menina era um envolvimento afetivo. Claro, aí se discute se isso não é mesmo mais fácil para mulheres, mas muita gente BI fala sobre como há uma "divisão da afetividade", e pode-se um dia estar com uma mulher e só com ela, e depois com um homem e só com ele... enfim, prefiro crer que tudo é possível. Estamos no Carnaval e é época de vários homens hétero se permitirem "coisas".

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  3. Como já te disse não a conhecia quando ela "namorou" garotas, mas pelo o que eu conheci depois é dificil defini-la.

    Acho que as experimentações sexuais de um jovem não deveriam servir de base para rotular uma pessoa. Até porque é difícil gays não terem tentado algo com o sexo oposto antes, mesmo que só beijinhos. Mas sim o rumo que esse jovem dá pra esses relacionamentos. Porque namorar alguém que está MUITO mais interessado em você do que você pra suprir carências emocionais não quer dizer muita coisa.

    Pra mim alguém ser BISSEXUALIDADE só é possível quando a pessoa ultrapassa a barreira da simples atração física e há também um interesse emocional de respeito e adimiração por AMBOS os sexos. Que inibiria o sentimento de falta por não estar com o sexo não escolhido.

    Como nós falamos essa semana a gente sabe que isso é possível, mas por ser uma exceção não tem porque eu dizer que acredito em BIs pois sou cético em relação ao resto das outras pessoas que se dizem BIs.

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