segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Coisa de homem...

Fiquei bege com essa!

Um garoto usou o Facebook para, se passando por menina, convencer outros garotos a enviarem fotos explícitas para ele. De posse delas, ainda se passando por mulher, os chantageou para que fizessem sexo com "seu amigo gay", ele!

Tá, agora que descobriram ele vai se ferrar e eu não vou dizer que acho legal fazer algo assim, mas sendo um pouco preconceituoso e imaginando que os sete meninos que toparam já deviam ter essa curiosidade, dá quase para considerar esse cara um gênio.

Por que assim, isso é bem coisa de homem mesmo. Quantos relatos já não ouvimos sobre garotos que abusam de meninas em festinhas, filmam a transa com a namorada, humilham o colega gay e colocam vídeo na net, etc?

Repito, condeno o que ele fez. Mas acho interessante ver isso acontecer com rapazes heterossexuais. Podem dizer que é despeito pelo preconceito deles. O caso é que sempre acreditei na teoria de uma "sexualidade livre", no sentido de que todos podemos nos interessar por quem quer que seja, apesar dos rótulos que adotamos.

Tipo, mulheres não ficam encucadas em dar um beijinho na amiga numa balada ou até transar com uma. A feminilidade não se perde. Mas no caso dos homens, o "fantasma" da homossexualidade deve ser combatido de qualquer jeito. E aí, mesmo com tapinhas na bunda e patoladas nos campos de futebol, fica aquela barreira do toque nas amizades masculinas tão profundas...

Muitas vezes, é justamente por esses tabus que garotos em grupo tendem a fazer estripulias que beiram a homossexualidade, descambam para a violência ao simplesmente terminam em crime.

Enfim, parece que o menino pode ser condenado a 300 anos por um acúmulo de crimes nessa história. Não dá para protegê-lo por ser gay, mas não sei também se um garoto hétero seria condenado a tanto tempo... resta julgar também como foram essas relações e como as pessoas que cederam a chantagem foram realmente coagidas a isso.

Como todos são jovens, me inclino a pensar que, crimes à parte, estavam experimentando. E que se a sexualidade masculina fosse menos frágil, as vítimas não teriam tanto problema assim em denunciar a chantagem ou simplesmente aceitar a proposta...

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