Hoje, mais uma vez, a dica é minha. Acabo de rever este seriado fundamental para qualquer pessoa que se identifique como homossexual, e preciso falar dele.
Versão americana de uma polêmica série do Reino Unido, com a proposta de mostrar ao mundo como nós, os gays, somos normais. O titulo já carrega essa idéia, algo como mostrar os "esquisitos" como conhecidos.
Pela primeira vez as questões gays não eram um acidente numa série, fosse de forma cômica ou dramática, e sim a espinha dorsal da coisa toda.
Uma trilha sonora sensacional, que nos impele a dançar desde o primeiro momento, embalou por cinco temporadas as aventuras de um grupo de amigos, que em sua diversidade conseguiram abordar quase todos os assuntos pertinentes a comunidade gay.
O conflito entre um jovem gay que se assume e seus pais, sua mãe maravilhosa que aprende a conviver com isso, amores não correspondidos, promiscuidade, drogas, filhos biológicos e adotivos, gente no armário, gente efeminada, gente que perde o emprego por ser gay, gente que foi hétero e "virou" gay, gays que "deslizam" em momento heterossexual, paradas do orgulho, drag-queens, violência, política homofóbica, casamento gay, AIDS, casais sorodiscordantes, orgias, camisinhas, auto-imagem, fitness... TUDO!
Com drama e humor na medida certa, essa série me fez torcer por seus personagens, eleger um favorito, dar muito mais pinta do que antes (let the fabulous flame burn bright!!), entender mais do que nunca que comunidade gay é uma ilusão, pois somos tão diferentes entre nós quanto todos em qualquer grupo. Sem falar nas cenas de sexo quentíssimas, algumas vezes poéticas, e em homens sensacionais (I love you, Robert Gant).
Produzida inteiramente durante o governo Bush, a série fez seu papel falando sobre política, e encerrando justamente com a discussão sobre emendas da constituição que visam caçar os direitos gays. Quatro anos antes da Prop 8 ser votada...
Mas fica a imagem de esperança. A idéia de que não importando as adversidades, o que cantou Gloria Gaynor é a lei, e nós vamos sobreviver.
Abaixo, a segunda (e bela, pois a primeira é caída...) abertura da série:
E um clipe com cenas variadas da série e uma de suas músicas símbolo, a líndissima "Proud", de Heather Small:
Prestem atenção na letra gloriosa e se perguntem o que fizeram hoje que os deixou orgulhosos. Fazer essa pergunta todo dia, e caçar algo para responder é simplesmente incrível.
P.S: Infelizmente, o seriado ainda não está disponível em DVD no Brasil, não sei por que. Sua contraparte lésbica, "The L Word", está, e eu me recuso a crer que seja por que o povo gosta de ver mulher se agarrando.

ATÓRON!
ResponderExcluirEu espero que um dia eu tenha dinheiro pra poder importar essa série porque não tenho muita esperança de que lancem por aqui.
O título na verdade seria, em português algo como "tão estranho quanto o povo" ou "tão estranho como qualquer um".
Pois é, eu na verdade fiquei em dúvida mesmo, acho que o lance é o trocadilho. Por que para mim pode rolar "estranhos sendo tratados como assunto coisas corriqueira". Usando o "as" como "tal qual", poderia adaptar para algo como "estranhos tal qual normais" e chegar no sentido que procuro mesmo.
ResponderExcluirPensando nisso, "Os assumidos" nem parece um título tão ruim.
(Com o tom afeminado que o assunto merece) A-DO-RO essa série, realmente ela deveria ser visitada aqui nesse espaço tão QUEER rsrsrsrs. Amo essa segunda abertura, vendo agora o vídeo pensava comigo: "como homem é BOM né?" É bom, é bom, é bom ... ui .. nossa, empolGAY-me. Bom prezado B Fab, L World liberado porque é "mulé se agarranu" Very close to the truth ... in my opinion. Mas não quero nem enveredar por esse assunto que me enoja. Nossa, hoje estou tão gay em minhas letras ... Acho que são as doses de whysky rsrsrsrsrs.
ResponderExcluirFinalizando, adoro aquela camiseta (da abertura) "God made me gay".
achei legal como você começa o post dizendo que hoje a dica é SUA.
ResponderExcluirquantos comentários viNHadUs.
ATÓRON! [2]
os comentários e a série. em ambas versões
L Word é muito chata!
ResponderExcluirUm bando de mulheres chatas discutindo a relação, por Deus!
Mas eu gostaria muitíssimo de ver Queer... Cês sabem onde dá pra baixar?