Orkut, Facebook, Twitter. Eu tenho um conta em todas as ferramentas socias, mas me mantenho fiel mesmo ao Orkut, por que a preguiça de mudar alguma coisa é um ENORME defeito meu.
O Twitter, para mim, ainda não "pegou". Eu não consegui configurar o perfil para acessá-lo do celular (nem sei se conseguiria isso com o meu celular pobre...), e se é para entrar na internet, fazer login e escrever alguma coisa, melhor fazer por aqui, né?
Mas o caso interessante do Twitter é que realmente deu certo para os famosos, que agora estão muito mais acessíveis, em perfis assumidamente verdadeiros.
E hoje, não se fala de outra coisa nos sites de fofoca além dos problemas da rainha Xuxa com a nova ferramenta. Para explicar tudo melhor, leiam a coluna do Mauricio Stycer,
aqui, e para rir da situação, leiam os comentários do
"Te dou um dado?".
Há várias questões nessa história toda. Eu, particularmente, gosto da Xuxa, como já disse aqui, mas entendo os ataques. Outro post do "TDUD?" que me matou de rir foi sobre os
comentários do Danilo Gentili sobre a coisa, mas na minha opinião, ele mais uma vez pesou a mão.
Como apontado na coluna do Stycer, o acesso às celebridades realiza o sonho de conversar com a TV, e como comentado lá, temos aquela confirmação do óbvio, de que as celebridades são pessoas como nós, com seus erros e acertos.
Sabemos que Xuxa vive num mundo particular (e rosa), e se eu tivesse a fortuna dela (
only a matter of time, my dears...), também o faria. Ser rico e famoso é o sonho de muita gente, então fica difícil mesmo deixar passar a chance de apontar os defeitos de alguém assim. Mas aí, como em tudo que envolve opiniões, entra a maldade.
Ainda ontem eu li uma
crítica sobre a homenagem à Xuxa no festival de Gramado. É pertinente, pois uma premiação de cinema deve se preocupar mais com o conteúdo artístico das obras e dos intérpretes, mas é preciso lembrar que dentro do que se propõe, Xuxa é bastante eficiente.
Por trajetória e por opção, a ex-modelo trabalha com crianças, e atinge seu público-alvo em filmes que divertem e criam o hábito de ir ao cinema. Ninguém precisa dizer que ela é boa atriz, ou que seus filmes são de alto teor intelectual. Nem é a proposta.
Aí, ela derrapa no Twitter, e depois defende a filha. Claro, todo mundo riu. Eu ri. Mas ficar fazendo esse circo de opiniões, resenhas e afins (que resultou nessa daqui também), é demais. Talvez seja impossível que as coisas para ela sejam normais... é a sina das celebridades.
Não queria tomar partido, até por que não suporto erros ortográficos, e o Danilo Gentili fez piada com um outro post de Xuxa, sem falar nada dos tais erros. Mas como ele é sem graça, né? Eu não achei muita graça no filme "Brüno" justamente por causa desse tipo de humor babaca, maligno, que só sabe fazer rir através do achincalhe. Não vejo o CQC, mas não é a primeira vez que uma declaração do Gentili não é nada gentil. Isso me afeta talvez pela semelhança com a homofobia... vai saber...
*
Ainda na coluna de Maurício Stycer, achei interessante a reflexão sobre a
"imitação da Globo" feita pela RECORD com "A Fazenda", e como
é o público quem deseja essa imitação.
Eu já tinha pensado sobre isso, analisando exclusivamente o BBB. É impressionante como o reality show, pela influência do público, só funciona quando "imita" uma novela. Se considerarmos o programa como um experimento, sabendo que o macro se reproduz no micro, temos um perfeito panorama da sociedade brasileira.
Tal é a penetração cultural das novelas (ou sua capacidade de refletir nossa cultura?), que qualquer reality show, qualquer CPI, qualquer eleição, vira novela. Temos mocinhos, vilões, reviravoltas... não são muito mais emocionantes (para quem assiste) os jogos em que o time ganha de virada, vencendo as adversidades e conquistando sua glória no finzinho?
A questão GLOBO/RECORD é muito mais sociológica do que simplesmente imitação de formatos. O problema é que entretenimento é um produto e é vendido, então tem que atender a demanda... E quem MANDA, é o público.
##
Em tempo:
"Cidade de Deus" foi eleito pelo
IMDB como o terceiro melhor filme do milênio.
Listas de melhores e piores sempre são polêmicas, mas essa eu achei curiosa... fala sério, né? Eu gosto do Batman, mas não é para tanto. Nesse mesmo Top Ten há filmes com histórias muitos mais interessantes, como "Brilho eterno de uma mente sem lembrança" ou muito bonitos, como "O fabuloso destino de Amélie Poulain". Enfim, fica o orgulho nacional pela boa posição de "City of God". Com Batman e "O Senhor dos Anéis" na frente, para mim ficou em primeiro...