quinta-feira, 30 de abril de 2009

Feito Homem


Aproveitando o tempo vago, corri aqui pra postar porque o LD pretende ocupar o blog com análises de vídeos publicitários gays. E foi falando com ele sobre o seu colega reacionário que eu lembrei desse livro, pois ele me disse que durante as argumentações e contra-argumentações ele perguntou ao garoto o que faz do homem um homem. Algo que um homófobozinho não tem como responder, porque até ele sabe que o fato de ter uma namorada não quer dizer muita coisa.

Ao livro. Norah Vincent, uma jornalista norte-americana(e também lésbica), um dia é desafiada por uma amiga drag king a se vestir de homem e aceita. Depois de experimentar a sensação de não ser encarada com lascívia por homens na rua e a segurança que esse "anonimato" a transmite ela decide investigar como é ser um homem realmente. E a história do livro começa aí, na preparação do personagem Ned que a faz aprender a aplicar barba postiça e usar uma prótese peniana.

Prótese peniana? É, o livro tem momentos engraçados. O texto é muito bem escrito. É sincero e intrigante. Ela nos conta não só da sua experiência como homem mas das pessoas e principalmente dos homens que ela encontra. Norah viveu 18 meses como um. Ingressou numa liga de boliche masculina, trabalhou como vendedor de porta-em-porta num ambiente de trabalho extremamente competitivo, passou três semanas em um monastério, teve encontros românticos com mulheres, frequentou clubes de strip-tease e participou de um retiro para homens entrarem em comunhão.

Norah, por ser mulher e lésbica, tem uma visão bem crítica do comportamento masculino, sua "arrogância" e "liberdade", mas no decorrer de sua jornada compreende as pressões, anseios e desejos que cercam a figura masculina. Isso nos dá um retrato bem interessante do que é ser homem numa sociedade machista como a nossa. Ao fim do livro a autora acaba entrando em um processo de depressão devido a censura da expressão de emoções a que ela se impõe para fazer de Ned um personagem convincente.
FEITO HOMEM (SELF-MADE MAN: A WOMAN'S JOURNEY TO MANHOOD AND BACK)
Autor: VINCENT, Norah
Editora: Planeta
No. de páginas: 302
Preço médio: R$ 33,00

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Queer as Folk


Hoje, mais uma vez, a dica é minha. Acabo de rever este seriado fundamental para qualquer pessoa que se identifique como homossexual, e preciso falar dele.

Versão americana de uma polêmica série do Reino Unido, com a proposta de mostrar ao mundo como nós, os gays, somos normais. O titulo já carrega essa idéia, algo como mostrar os "esquisitos" como conhecidos.

Pela primeira vez as questões gays não eram um acidente numa série, fosse de forma cômica ou dramática, e sim a espinha dorsal da coisa toda.

Uma trilha sonora sensacional, que nos impele a dançar desde o primeiro momento, embalou por cinco temporadas as aventuras de um grupo de amigos, que em sua diversidade conseguiram abordar quase todos os assuntos pertinentes a comunidade gay.

O conflito entre um jovem gay que se assume e seus pais, sua mãe maravilhosa que aprende a conviver com isso, amores não correspondidos, promiscuidade, drogas, filhos biológicos e adotivos, gente no armário, gente efeminada, gente que perde o emprego por ser gay, gente que foi hétero e "virou" gay, gays que "deslizam" em momento heterossexual, paradas do orgulho, drag-queens, violência, política homofóbica, casamento gay, AIDS, casais sorodiscordantes, orgias, camisinhas, auto-imagem, fitness... TUDO!

Com drama e humor na medida certa, essa série me fez torcer por seus personagens, eleger um favorito, dar muito mais pinta do que antes (let the fabulous flame burn bright!!), entender mais do que nunca que comunidade gay é uma ilusão, pois somos tão diferentes entre nós quanto todos em qualquer grupo. Sem falar nas cenas de sexo quentíssimas, algumas vezes poéticas, e em homens sensacionais (I love you, Robert Gant).

Produzida inteiramente durante o governo Bush, a série fez seu papel falando sobre política, e encerrando justamente com a discussão sobre emendas da constituição que visam caçar os direitos gays. Quatro anos antes da Prop 8 ser votada...

Mas fica a imagem de esperança. A idéia de que não importando as adversidades, o que cantou Gloria Gaynor é a lei, e nós vamos sobreviver.

Abaixo, a segunda (e bela, pois a primeira é caída...) abertura da série:

E um clipe com cenas variadas da série e uma de suas músicas símbolo, a líndissima "Proud", de Heather Small:

Prestem atenção na letra gloriosa e se perguntem o que fizeram hoje que os deixou orgulhosos. Fazer essa pergunta todo dia, e caçar algo para responder é simplesmente incrível.

P.S: Infelizmente, o seriado ainda não está disponível em DVD no Brasil, não sei por que. Sua contraparte lésbica, "The L Word", está, e eu me recuso a crer que seja por que o povo gosta de ver mulher se agarrando.

sábado, 25 de abril de 2009

Os bonitos, os feios e os "comoventes"

Não sei se acontecesse o mesmo com todo mundo mas pra mim ver uma pessoa muito bonita ou muito feia resulta no mesmo efeito: o mistério de como isso acontece. O quero dizer é quando eu vejo uma pessoa muito bonita/feia eu fico preso nesse fato. Não importa quantas vezes eu veja essa pessoa esse fato não me sai da cabeça. Eu não consigo deixar de ficar "admirado" pela beleza/feiúra.

Talvez por eu ter me educado para analisar a fruição estética eu não consigo me deixar de perguntar o como isso acontece. A técnica. O que saiu certo ou errado no rosto. É sempre a mesma coisa.

Se eu tiver exposições constantes a uma pessoa bonita eu consigo achar os defeitos. Porque todo mundo têm. E se não tem o tempo acerta as contas. Ou uma noite mal dormida. Mas o que mais me impressiona na beleza é o efeito de "máscara" que ela têm. Quando uma pessoa é muito bonita eu não paro pra pensar se ela está feliz, sorrindo, doente, puto da vida eu quero mais é ficar olhando. Analisando cada detalhe e é isso que me brocha um pouco em gente muito bonita. Eu gosto da expressividade das emoções numa pessoa. De uma certa transparência. Faz com que eu sinto uma conexão com a pessoa. Olhar pra alguém e reconhecer sentimentos meus ou não é uma coisa que realmente me "atrai". E não estou falando das projeções morais que as pessoas costumam atribuir as pessoas bonitas. Ou você não sabia que pessoas bonitas são mais suscetíveis de serem consideradas inocentes de um crime?

O que estou tentando dizer é que pra mim beleza física, quando muito impactante acaba caindo no campo da fruição estética. E caso você não saiba, pra mim perfeição física (de fato) só vi no David de Michaelangelo e nos desenhos do Tom of Finland.

Mas isso complica quando eu vejo o Daniel Day-Lewis. Eu realmente não sei dizer se ele é bonito de fato ou se é fragilidade (disponibilidade emocional) dele como ator que me fazem ver beleza nele. Entende?

Eu to falando disso hoje é porque tenho uma conhecida que não é muito favorecida em atributos físicos e toda vez que eu a vejo eu fico sinceramente embasbacado com essa falta de favorecimento. Já há conheço há uns 3 anos. E isso não muda. Então acho que o que quero dizer é que a feiúra pode ser tão "estonteante" quanto a beleza.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Jovens Reacionários - II

Seguindo com o assunto...

Então, por uma série de eventos desencadeada quando eu estava fazendo pegação na Internet em 2001 e conheci o LD, acabei fazendo um trabalho comunitário (mas não voluntário, que eu não faço nada de graça) nas duas últimas semanas.

Não tive grandes choques culturais, até por que eu sou uma graça em "modo de apresentação" e sou até educadinho, mas teve um episódio onde vi o habismo social como algo realmente palpável, e nem tinha nada a ver com homossexualidade (tenho a ligeira impressão de que ainda não perceberam que eu sou gay lá... acho que hoje vou vestido de Dorothy. Sapatos de rubi sempre funcionam...).

Enfim, o meu trabalho é servir de intérprete para artistas do Quênia que estão capacitando jovens de duas comunidades carentes aqui no Rio. Apesar de tudo que a gente escuta e dos cuidados que devemos tomar, não tive problema nenhum e nem vi ninguém armado. Mas o lance foi com uma das pessoas que trabalha na ONG mesmo, e que pertence a uma das comunidades.

Num momento de intervalo, conversávamos justamente sobre capacitação, e como é bom as pessoas aprenderem uma segunda língua qualquer. Aí tinha esse rapaz que discordava, o que é perfeitamente aceitável, não fossem (na minha opinião) os argumentos dele.

O caso é que o discurso era bastante xenófobo, com um tom de revolta que é compreensível, sabendo que é um rapaz negro de uma comunidade carente. Mas ainda assim, eu, do jeito que sou, não consigo escutar certas coisas sem sentir uma aversão. Blame it on Coca-Cola.

Segundo ele, não há necessidade de um intérprete para que ele se comunique com os Quenianos, pois aprender outra língua é legitimar um processo de colonização. Segundo ouvi, esse rapaz não quis fazer faculdade baseado no princípio de que os sistema de ensino é manipulatório. Segundo ele, mesmo o Português não devia ser falado, por ser a língua dos colonizadores, e a comunicação entre ele e os quenianos só não dava mais certo por que eles estavam condicionados pelo sistema a priorizar um entendimento através da língua, quando podemos nos comunicar de várias formas.

Em linhas gerais, até por ser muito relativista, acho que ele tem razão em alguns pontos, mas jamais tomaria partido de uma luta já perdida por um sentimento. Nunca tive paciência para jovens privilegiados que gostavam de se sentir políticos só por usar camisetinha do Che Guevara. Com essa conversa, vi que não perdoo xenofobia, ressentimento e nacionalismo nem em quem é efetivamente politizado e necessitado.

Aí, acabei me sentindo mal por ter uns sentimentos meio Dr. Jekyll/Mr. Hyde. Por um lado socialmente aceitável, via que nem tudo naquele discurso podia ser descartado, que a revolta se justificava pelo ambiente em que estava inserida e que todos tem direito às suas opiniões. Por outro, não podia deixar de me sentir superior, de me sentir o certo, e achar que um dia esse rapaz iria se arrepender de não ter estudado mais por causa de um sentimento assim. Sem falar na drag martelando na minha cabeça que ele ia morrer naquela favela enquanto eu me afogaria em Cosmopolitans em Manhattan.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Jovens Reacionários

Juro que queria muito escrever sobre alguma outra coisa mais divertida mas não consigo tirar esse assunto da minha cabeça.

Semana retrasada conversando com um colega de sala no caminho de volta pra casa ele resolve me perguntar como vai o meu namoro. Algo que ele descobriu via orkut. Muito simpático ele me conta que estava me perguntando isso pois nos conhecemos há um ano e eu nunca converso com ele sobre isso.

Eu que estava num momento frágil pois com o completar de mais um ano de relacionamento as coisas precisam ser discutidas e numa última discussão as coisas não tinham ficado muito bem acabei falando sobre isso sem corrigir esse colega quando ele disse namoradA. Ele acabou falando umas coisas que me ajudaram no momento.

Como achei muito gentil da parte dele se incomodar de perguntar e ouvir acabei fiquei uns três dias chateado comigo mesmo por não tê-lo corrigido e decidi contar pra ele. Até porque ele me parecia uma pessoa mUderna. Leia-se ateu, orgulhoso fumante de maconha com um discurso político um bocado revolucionário.

Então, alguns poucos dias depois conversando enquanto esperamos servirem os nossos PFs, que demorou bastante, conversamos sobre o que poderia ser feito ou deixar de ser feito pelas favelas, alienação político-social, e outros assuntos um tanto reacionários (reconheço) e éis que ele me fala a seguinte frase: "homossexualismo pra mim é doença mental". E foi quando eu senti a pontada do desapontamento mas não tive tempo de amargar nada porque não consegui ouvir besteiras do tipo "todo gay quer se tornar mulher", "nem os gays gostariam de ter filhos gays" e ao rebater ainda fui obrigado a ouvir "você acha isso porque a mídia de uns anos pra cá tem tentando convencer as pessoas que isso é legal", "você é igual ao meu amigo. Sabe que eu estou certo mas fica revidando porque gosta de discutir".

Não preciso dizer que até o desconhecido que sentava à nossa mesa deve ter percebido que os meus contra-argumentos deveriam ter outra razão de ser.

O que mais me impressionou é que todos os argumentos dele eram tipicamente religiosos. Isso de um ateu. E ele em momento nenhum mencionou Deus ou divindade que fosse. O que mais me impressionou é que ele estava repetindo um discurso que deve lhe ter sido ensinado durante sua formação.

Esse colega tem 21 anos, é estudante universitário de publicidade em uma universidade federal. Teoricamente uma cabeça pensante da geração por vir. E o pior é que ele não é o único garoto dessa faixa de idade que repete esse discurso.

Por um momento eu achei que a sociedade tivesse feito grandes avanços nesse sentido mas agora entendi que eu achava isso porque por muito tempo só tive contato com outras pessoas da comunidade LGBT.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Presságio


Hoje a dica cultural é minha, então não é filme de arte ou exclusivamente de temática gay e sim um bom filme americano, do circuito.

"Presságio" (Knowing), o novo filme de Alex Proyas, é uma ficção científica/filme catástrofe apocalíptico/suspense de medinho que me saiu uma grata surpresa.

Vou colocar um SPOILER ALERT, por que desse ponto em diante falarei do filme e a princípio eu iria me conter sobre algumas surpresas, mas não sei se vai dar...

A história começa em 1959, quando é inaugurada uma escola e as crianças fazem uma cápsula do tempo com desenhos de como seria 2009. A menininha atormentada e melancólica que teve essa idéia, ao invés de desenhar os foguetes e carros voadores dos anos 2000, faz uma sequência de números. 50 anos depois, a cápsula é aberta e cada aluno de hoje recebe um envelope. O que contém os números vai para o filho do personagem de Nicholas Cage. É o garoto que acha que os números podem significar algo e seu pai, um professor de astrofísica do MIT, acaba descobrindo que os números mostram datas, coordenadas e número de mortos de inúmeros acidentes e incidentes desses 50 anos, com 3 deles ainda por vir.

Quando o primeiro se confirma, ele tem certeza de que a lista é válida e tenta impedir o segundo, enquanto investiga a vida da menina. Seu filho passa a ser seguido por homens ASSUSTADORES e ele acaba localizando a filha e a neta da menina que fez a lista. Com a investigação, descobre que a última das profecias não indicava 33 como número de mortos, e sim a sigla EE, de "everyone else" (todo o restante). Ou seja: apocalipse. Aí o filme segue para a sua parte final, com coisas do roteiro amarrando tudo.

O interessante do filme é que o personagem dele discute, com o filho e os alunos, a eterna questão entre religião e ciência, se todos os acontecimentos são pensados e acontecem por algum motivo ou simplesmente por uma incrível coincidência.

AGORA SIM, O SPOILER!! Como as profecias vão se confirmando e no fim ficamos sabendo que os homens assustadores são alienígenas que vieram a Terra para recolher alguns eleitos, temos uma confirmação "científica" do apocalipse biblíco. Seres vindos dos céus para poupar escolhidos, hecatombe e profetas, num filme que se chama "Knowing" levanta a hipótese que a Bíblia poderia ser confirmada pela ciência, com anjos, deuses e denôminos sendo simplesmente a interpretação de nossos antepassados dos habitantes de outros planetas.

A graça está em pensar nas possibilidade e ver o que escolher, com essa liberdade. Pois assim como na aula que acontece dentro do filme, temos a opção. Ou seja, diversão para crentes e ateus.

ADORO!

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Tem como não amar?


É aquilo. Meu candidato sempre termina como campeão moral dessa droga de jogo, enquanto o milhão tá na mão de um babaquinha... mas enfim, nem odeio o Max, e sempre imaginei que o máximo para minha Rainha seria o segundo lugar mesmo. Rezo muito para que ela pose nua mesmo, faça pornô, vire apresentadora, atriz... enfim, MILIONÁRIA!

Algumas respostas de Priscila no chat de hoje, quando respondeu perguntas dos internautas: 


Priscila assiste video em que Josiane e Maíra falam sobre ela. Perguntada sobre o que acha da conversa, ela fala: "Eu tenho a consciência tranquila, tenho total apoio da minha família, dos meus amigos. Se você procurar algum vídeo meu na internet você não acha nada". 


Os internautas perguntam se Priscila toparia participar do BBB10, ela diz que não e brinca: "Eu acho que já está bom. Já ouvi pessoas falando até que eu fui a cara desse BBB. Adorei. Não entraria de novo. Três meses sem não dá". 


"Moderador apresenta a mensagem enviada por vinicius_vargas: Pri te adoro! q vc achou das declarações da Nana dizendo q ela na proxima edição vai botar silicone pra tirar 2° lugar? Não concordo com ela viu pri tu é muito mais q isso beijos Vinicius Vargas de Porto alegre! 

Priscila responde para vinicius_vargas: Acho que ela tem que fazer uma lipo, ficar morena, colocar silicone e alisar o cabelo pra ver se consegue." 


Os internautas perguntam Priscila sobre a experiência no Quarto Branco: "É um desepero", conta. Porém, a jornalista revela que a experiência não era tão difícil: "Achei que o quarto fosse menor, quando vi que era maior e mais escuro, foi tranquilo". A segunda colocada no jogo garante que o desafio não a faria desistir do BBB: "Já passei por tantas coisas piores na minha vida, que não ia ser um Quarto Branco nem uma tirolesa de ponta cabeça que ia me tirar do jogo". 

Internautas perguntam qual o conselho Priscila daria para quem quer entrar no BBB10. "Entrar de cara limpa, sem medo de mostrar quem você é. Entra sendo você mesmo e ponto final", indica a jornalista.

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Em tempo: acabo de ver na TV um comercial de Vagisil em spray, que dizia que "encontro especiais merecem cuidados especiais". Tudo bem, eu sei que essas coisas precisam ser produzidas, anunciadas e vendidas... mas assim... produtos para a higiene íntima da mulher me constragem muito. E os comerciais sempre dão um jeitinho de soar como "LAVE ANTES DE USAR". Eeeca.



terça-feira, 7 de abril de 2009

Assim me diz a Bíblia (2007)

Nesse documentário o diretor Daniel G. Karslake investiga sobre as passagens do livro sagrado cristão que condenam a homossexualidade. Karslake durante o filme entrevista teólogos, cristãos e judaicos, assim como tradutores da Bíblia em busca de interpretações menos parciais do texto "sagrado".

Argumentos óbvios de como o Evangelho poderia condenar algo que nem os gregos tinham uma denominação entram no filme, assim como conceitos da análise do discurso que leva em consideração o contexto histórico-social onde está inserido o texto.

Mas o filme não para só por aí. For the Bible tells me so também conta a história de algumas famílias com fortes raízes cristãs que tiveram que lidar com a homossexualidade de um membro da família e o impacto disso na vida dessas famílias tão religiosas e tão norte-americanas.

Um depoimento que me impressionou bastante é o de uma família negra, de pastores, que tem que aprender a lidar com a sexualidade da filha. As reações são as mais diversas, mas o que mais me impressiona é como uma família negra pode usar o mesmo livro usado para justificar a escravidão para apontar o dedo pra alguém.

Esse filme vale a pena ver com pai, mãe, tia, avô e periquito. Eu tive a oportunidade de ver no festival de cinema do Rio no ano passado. Sozinho porque ninguém quis ir comigo. Mas pretendo mostrar esse filme pros meus pais algum dia.

Facilitaria se o filme entrasse em cartaz, ou em DVD, VHS, blue-ray, sei lá. Mas isso é outra história.

domingo, 5 de abril de 2009

"Role-Models" ou simplesmente, "Educadoras"

Pois é pessoal, eu sei que tinha prometido postar dia 02 e acabou parte da mentirinha de 1º de Abril, mas é que o computador deu alocka e eu eu fiquei esse tempo sem conexão. Isso me fez pensar no escapismo cibernético para um post futuro, pois não vivo sem internet, mas é coisa para depois.

Vim falar mais uma vez de mulheres. Quando eu era criança, a Xuxa era uma figura bastante polêmica por que o povo via problema em ela ser apresentadora infantil e símbolo sexual. A capa ELEGANTE do primeiro disco do "Xou da Xuxa" não deve ter ajudado:


Por que assim, eu tenho esse disco e além da pose phyna, essa blusa transparente exibe os peitinhos da Rainha. É só olhar.

aí, eu era criança e nem ligava para isso. Hoje, ainda tenho carinho pela Xuxa, mas prefiro bater cabelo ao som de Divas Pop, como a glamurosa Beyoncé:

Mas o legal é que ela também é um ídolo para os pequenos, formando os grandes homens do amanhã:

ADOOOOROOOO! E se o seu pai for um machão que não deixa você se expressar dessa forma, nada tema. Você pode fazer todas as coreografias da Bey com a Barbie dela:


Eu tenho três (nenhuma com esse vestido medonho, claro).
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Em tempo: Priscila, RAINHA, na final do BBB! Vamos torcer!
E outra: Estava tranquilo de não postar, já que não estava podendo mesmo, por que o LD disse que iria fazê-lo. Como vocês podem reparar, ele não o fez... ou seja, está de preguiça ou sem internet, ou sei lá... nessa, quem posta sou eu, e o nível do blog cairá consideravelmente. Se bem que hoje eu começo um trabalho de duas semanas que deve ser bem intenso, então talvez ninguém poste nada... we`ll see.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

O FIM

Eu nem ia escrever nada para os dois ou três leitores que esse blog possui, mas apesar de ter mudado tanto, ainda me considero minimamente educado, então achei melhor dar uma satisfação. Este blog acabou e eu farei o possível para me curar desse mal chamado homossexualidade.

Acredito que alguém que leia esse blog provavelmente é homossexual ou pelo menos "simpatizante", então infelizmente não há muito o que eu possa dizer. Por sorte, eu encontrei um novo sentido na minha vida e desejo do fundo do meu coração que todos possam passar por isso e voltar ao caminho de Deus.

Se fosse da vontade de Deus que homens e mulheres se relacionassem com seus iguais, não existiria essa polaridade de gêneros em primeiro lugar. Eu infelizmente pequei durante anos, em pensamento e ações, mas espero ser perdoado pela sinceridade do meu arrependimento, e ser agraciado com o reino dos céus e a felicidade terrena. 

Hoje ainda parece difícil, mas eu tenho fé que com força de vontade e a ajuda do Senhor, eu conseguirei me tornar um heterossexual e ser plenamente feliz, sem viver essa vida promíscua e suja, que só pode levar à doença e ao desespero.

Por causa desse "estilo de vida", eu passei a vida me expondo a riscos, idolatrando mulheres de gosto e moral duvidosas, agindo de forma efeminada e desprezível, e ainda me regalando em vaidade por me sentir especial só por enfrentar a oposição social como se tivesse razão.

Graças a Deus, agora eu finalmente despertei para a realidade, e faço aqui um apelo para que todos os outros desgarrados que vivam essa vida acordem, antes que seja tarde.

Fiquem com Deus, Nosso Senhor, em toda a sua glória.