sábado, 23 de janeiro de 2010

Mais BBBicha e alguns outros assuntos...

Que programa interessante! Impossível não assistir! Enquanto Tessália se mostra uma cabeça acéfala com atitudes estúpidas e vilanescas que só levarão à sua eliminação (provavelmente já no próximo paredão), Michel tenta justificar o impossível nos momentos em que sua boca não está grudada na dela. Não me confundam, não é moralismo, mas cornear a namorada no BBB é complexo. Podia ter terminado, né?

Serginho, como sempre, divertidíssimo. E com Dimmy exagerando na militância, deve acabar ganhando o programa. Isso, claro, se o Carlos não chorar de novo. Com o jeitinho BamBam de se mostrar sensível, ele está ganhando o coração de mulheres e gays, e quando não nos emocionamos com isso, basta olhar:

Falando mais seriamente, o caso do Dourado está ficando interessante. Agora, foi o grupo dos Sarados que resolveu dar uma prensa nele, numa atitude no mínimo ridícula. NAONDE que o público vai eliminar Eliane, Cláudia e Cadu por causa de Dourado? Desde quando BBB funciona desse jeito? Povo burro... Vão acabar dando a vitória para ele.

Desde que o BBB é BBB, ganha quem for a VÍTIMA, a.k.a mocinho. Todo mundo fala que Jean Wyllis ganhou por ser gay, mas isso é patético. Foi histórico ele se assumir no ar, mas ele ganhou por que foi vítima da perseguição de um grupo, que acabou dando a vitória para ele. Com o Alemão foi a mesma coisa. O povo da casa está com medo dos coloridos, e isso pode ser bom, pois se os perseguirem eles virarão heróis, mas o grande lance é o grupo gay aproveitar a chance para fazer história.

Estava discutindo isso com meus pais escolhidos... é um momento único, pois pela primeira vez a maior rede de TV do país está exibindo gente gay, que é gay 100% do tempo, 24 horas por dia. Nada de personagens afetados que terminam com mulheres ou beijos censurados. Vida gay, papos gays, homofobia disfarçada pelo politicamente correto e tudo valendo dinheiro. PROGRAMÃO.
###
E saíram as fotos do pinto da luz. Muita gente comentando que não parece grande coisa, mas eu confio que nos momentos de iluminação valha alguma coisa. Priceless é essa cara da Madge...
###
Nevada tem o primeiro garoto de programa legalizado dos EUA. Querem pagar quanto?
###
Por fim, vejam que deliciosa campanha de proteção da França:

Inteligente e legal. Amei!

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Orgulho Hétero

E ainda tem gente que discorda quando digo que o BBB é um maravilhoso programa de antropologia...

Nesta terça, tivemos o primeiro paredão dessa décima edição (inesquecível pela criação da primeira EX-EX-BBB da história, que ainda pagou mico perguntando ao Bial quem era sua BBB preferida, só para escutar o nome da diva Priscila ao vivo para todo o Brasil... ai Jose!). Como de praxe, no início do programa tivemos um compacto com os momentos que levaram à formação do paredão e daquela semana na casa, com alguns enfoques especiais.

Um deles, ao som de Lady Gaga, foi sobre os participantes assumidamente gays e as reações provocados por eles nos outros. Foi exibido o desentendimento entre Dicésar e Marcelo Dourado, que fez Dimmy chamar Dourado de homofóbico. É ruim partir para esse termo, pois parece aquela mania de perseguição da minoria, onde qualquer coisa vira homofobia. Aí o Dourado, em meio a seus arrotos, se queixou de que os gays podiam fazer piadinhas, e ele não.

Em meio à preocupação do governo com a homofobia na casa, surgiu um babado quando o advogado Alex, que se diz hétero, graças à Deus, foi apontado por André Fischer como enrustido. O rapaz repetiu o "agradecimento" durante o programa de terça, e Marcelo Dourado, ainda tentando o clima de "não tenho preconceitos", gritou: orgulho hétero!

A questão é espinhosa, por que bate na liberdade de expressão, que é um direito de todos e deve ser respeitada. Só que há também os direitos humanos, e seria interessante que existisse penalização contra a homofobia, para que vissemos como ficariam as afirmações.

No programa, tudo está sendo levado em tom de brincadeira, até por que ninguém quer se indispor, e não há motivo para hipersensibilidade... mas tudo deve ser ponderado. Eu várias vezes uso palavras como viado, bicha ou boiola para se referir a mim ou as meus amigos, especialmente quando estamos juntos e em momento de descontração. Tenho amigos negros, amigos gordos, amigos magros, amigos crentes... e nem por isso a gente fica usando termos politicamente corretos como afro-descendente, obeso ou evangélico. Mas isso é entre nós, né? Não quer dizer que alguém na rua tenha o direito de nos apontar um dedo e gritar VIADO, como se fosse uma ofensa. Se ser viado é ser homem que transa com homem, eu sou viado mesmo, mas um heterossexual não pode me dizer(ou escrever num boteco) essa palavra(ou um sinônimo) como xingamento.

Aí, mesmo sendo contra perseguições, fica difícil engolir alguém gritando ORGULHO HÉTERO em rede nacional. É querer comparar o incomparável. Se existe orgulho negro, feminismo e orgulho gay, é por que o sistema que é dominado pelo macho heterossexual branco usa tais características como motivo de vergonha. É em oposição a essa vergonha que gritamos ORGULHO.

O problema, não é uma cultura heterossexual, e sim uma cultura heteronormativa.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Toda trabalhada na manicure!

Vários sites comentando as fotos de Susaninha como Maria na paixão de Cristo de Nova Jerusalém.
O que eu gostei MESMO foi das unhas. Tenho certeza que as de Maria, dois mil anos atrás, em Jerusalém, eram IGUAIS!

Oh, Lady...


Tem como não amar? Lady Gaga, ao comentar sobre um evento em prol do casamento gay organizado por ela em Atlantic City:

"Fico honrada em pode continuar a levantar atenção e dinheiro para essa causa e essas incríveis organizações. Elas estão nas trincheiras todos os dias trabalhando em benefício de todos, sejam LGBT ou hétero. Direitos civis totais e igualitários são supostamente para todos nós.”

Via Perez Hilton.
Abaixo, apresentação dela no programa da Oprah. Sabiam que Gaga foi colega de escolha de Paris Hilton? Devia ser um luxo essa sala de aula!

Isso que é cinema...

Foram anos resistindo, mas hoje finalmente eu tomei coragem de assistir um pedaço dessa pérola do cinema nacional... Linda cena, cheia de valores que nos fazem pensar:

E os policiais, héin? Perderam a chance de passar o fogo...

BBBiba...

Viram que bonitinho o selinho entre Sérgio e Dicésar sendo exibido (tá, com efeitos especiais) em Rede Nacional? Muito bem, Boninho!
Morro de rir com os "héteros" pagando de liberais e se juntando num canto na hora em que tocou "I Will Survive".
E Alex, que teve a ousadia de xoxar a Lady Gaga? Fora DJÁ!

O prêmio da GLAAD

Saiu a lista de indicados ao prêmio anual de mídia da GLAAD (Gay and Lesbian Alliance Against Defamation), e alguns dos indicados já moram em meu coração...
Nos quadrinhos, temos Buffy - a caça vampiros, e entre os artistas musicais, o assumido Adam Lambert e é claro, nossa musa Lady Gaga.
Nos reality shows, torço por "Ru Paul`s Drag Race", é claro, e nos filmes para TV temos "An englishman in New York" e "Prayers for Bobby".
Série cômica, só posso torcer por "GLEE", e em dramática, "True Blood".
Nos filmes, tenho muita curiosidade para ver "Precious", onde dizem que a Mariah Carey deu um show de interpretação (recentemente eu vi "Glitter", então é difícil acreditar).

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Are baba!

Ai gente, hoje o ritmo está frenético, mas é por que está difícil ignorar a internet... sintam o clima Opash Ananda do filho de Hugh Jackman hoje, na Porcão Rio`s:

Are baguandí!

Momento HT

Vamos olhar mulher?
Na mesma campanha do Cristiano Ronaldo, a bela Megan Fox também fez bonito:

Megan é uma das cotadas para viver a princesa amazona nos cinemas e assim conquistar posto indelével em meu coração. Vamos ver como ficaria?

É nóis!


ATÓRON!! Já repararam que em DOIS programas já escutamos Madonna, Lady Gaga, Britney e Mika?
#
Cristiano Ronaldo em campanha da Armani, provando que até no futebol há coisa que valha:

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

BBBiba e o governo...

E ontem começou o BBB, em sua edição "colorida".

A primeira decepção já veio com o fim da prova do líder, que colocou de volta na casa a ex-miss Joseane, ao invés das maravilhosas Fani Pacheco ou Nathália Cassassola. Mas o programa começou bem.

Carlos sem camisa é algo simplesmente glorioso, então é aproveitar para olhar enquanto ele ficar por lá. Minha torcida ainda está com Dicésar, mas até que Sérgio ganhou minha simpatia. Se eu não tivesse visto as fotos dele montado, até dava uns pegas. Angélica, a lésbica, parece bastante sensata. Adorei o chega-pra-lá que ela deu na Eliane, que saiu se apresentando dizendo que não é piranha...

Temos que olhar o programa com atenção, para ver como as questões da diversidade vão aparecer. Big Brother é tratado pela mídia intelectualizada como bobagem, mas qualquer programa que faça tanto sucesso é relevante. Vira conversa nas ruas, mobiliza emoções, e por isso mesmo espelha pensamentos e cultura.

Em edição tão gay, será interessante ver a reação do povo nas ruas e as conversas sobre o assunto na casa. Espero que os participantes não percam a chance de levar bons argumentos à emissora de maior repercussão no país.

#

Em Brasília, o lançamento do Programa Nacional de Direitos Humanos gera polêmica. Como sempre, o governo resolveu "amarelar" por medo de pressões e consequente perda de votos... é uma pena.
Não vou nem falar do casamento gay, por que já estou cansado desse assunto. Mas não SUPORTO criarem polêmica com o aborto.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Depois não sabem por que eu implico...


Enquanto a fofíssima Lady Gaga agradece seus fãs por BAD ROMANCE se tornar seu quinto sucesso em primeiro lugar nas paradas, o pastor de uma igreja dos Estados Unidos resolveu fazer piquete em um de seus shows, pois Deus odeia Lady Gaga (pobre mito... fosse real, ficaria doido com tantas atribuições insanas).

A quizumba estava marcada para ontem, mas a neve foi tanta que o pastor ficou em casa. Pensam que ele sossegou? Disse que a neve foi sinal divino e que é o jeito de Deus protestar...

Só não tenho pena por que não sou cristão.

formspring.me

Pergunta aê! http://formspring.me/Fablongo

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Ai Janeiro...

Tantas emoções nas últimas semanas que acabei me esquecendo da melhor coisa que o ano novo traz: o BBB!

Por três meses, vamos nos deliciar com o preconceito do público brasileiro sendo exibido a cada eliminação. Nessa edição, para apimentar mais as coisas, temos uma verdadeira parada gay em meio aos participantes. Mais detalhes na postagem da diva Katy.

O caso é que assim de olho já tenho meus preferidos. Dimmy Kieer, por que uma drag merece a vitória:

E o carioca Carlos, por que néam?

Me joga no paredãããããooo!

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Relationships...


Então depois de 89 meses de uma relação conturbada eu resolvi viver dois meses de uma epifania romântica. Seria tal idéia tão infantil? É possível, mas agora que voltei à solteirice posso entrar numa nova epifania: a de me sentir a Carrie Bradshaw!

Tudo começou oito meses depois de eu completar 18 anos. Finalmente tinha caído na night, muitos amigos novos, muitas experiências e num beijo em grupo um estalo químico fez com que eu me apaixonasse perdidamente. Em seis dias, a paixão virou namoro e em três meses ele terminou, com muitas lágrimas e desilusões. Em 20 dias voltamos e daí, em meio a brigas, idas e vindas, lágrimas e risos, construímos uma relação que passou dos sete anos e que mesmo não parecendo ideal para quem olhava de fora, teve muita coisa boa. O fim veio pelos desgastes que os problemas geraram, que acabaram me abrindo para uma outra paixão. Pelo menos consegui manter a cordialidade.

O novo amor veio. Com minha mania de analisar toda e qualquer situação, tive medo de ficar com alguém mais novo. Depois, foi preciso lidar com uma personalidade diferente, com arroubos de emoção em momentos íntimos (e deliciosos)e uma postura fechada e distante na maioria das vezes.

Eu tinha me decidido a ser um príncipe encantado. Um marido ideal. Assim, além do meu corpo e da minha fidelidade, ofereci minha amizade e meu sorriso. No fim, ele acabou se sentindo mal por não conseguir retribuir minha dedicação e no último momento, quando eu mesmo já pensava em desistir, resolvi conversar e ver se era algo que poderíamos trabalhar e resolver. Não era. Terminamos e lendo esse texto parece que a culpa é dele, nem é. Minha música para essa relação é EXAGERADO, do Cazuza, pois parte do problema foi o desequilíbrio causado pela intensidade das minhas demonstrações de afeto.

Mas aí vem aquele papo da instabilidade dos relacionamentos gays. Um dos grandes problemas é a tentativa de reproduzir o modelo heterossexual, sem a ajuda da cultura, do casamento e de filhos, mas o problema está no que aprendemos mesmo.

No caso dos homossexuais masculinos, temos dois homens, dois caras culturalmente condicionados para a promiscuidade. Sem o freio de uma mulher educada a "se valorizar", terminamos em relações extremamente sexualizadas, que muitas vezes não abrem espaço para algum tipo de envolvimento. Subtraindo os caras que não podem se envolver por serem casados ou estarem no armário, as opções ficam bem rasas...

Aí, no "mundinho gay", ficamos com os rapazes que são ou se sentem feios por não se enquadrarem no ideal de beleza do meio. Esses, por essa rejeição, costumam ser mais abertos a relacionamentos afetivos, embora às vezes caiam na armadilha de desejar "deuses gregos" que não lhes darão atenção.
Temos também esses deuses, geralmente cegos pela adulação, mais preocupados em aproveitar a atenção e o sexo fácil, sem pensar ou preferindo esquecer o lado emocional.
Fora desses pólos, há aqueles que não querem um namorado efeminado, aqueles que não acreditam no namoro entre dois homens, aqueles que não conseguem ser monogâmicos, aqueles que acham que a monogamia é fundamental para o relacionamento e é claro, aqueles que tentam.

Sempre achei que a postura mais saudável e ir vivendo, até que um dia, por sorte, coincidência (ou destino, para quem crê), alguém que poderia ser perfeitamente corriqueiro (e que para outras pessoas certamente foi), te toca de alguma maneira especial.
No "mundo gay", a oferta pode ser um problema, mas com certeza as dificuldades em assumir a identidade gay também pesam. Salvo raríssimas exceções, todo gay passou por algum problema ao "se descobrir" ou se vir confrontado com essa identidade. Isso cria cicatrizes, faz com que seja difícil confiar nos outros ou ser aberto sobre si mesmo, e taí uma questão onde podemos afirmar que somos diferentes dos heterossexuais. Por mais que todo o mundo tenha dificuldade em se acertar, a "mente gay" é muito mais complicada para esse setor do que a hétero.

Então talvez seja verdade que para dois homens é mais difícil ter um relacionamento sério e duradouro (não que essa seja uma necessidade, como apontam livros, músicas e filmes, mas enfim...). Mas acho que a coisa é muito mais complexa do que luxúria num ambiente permissivo ou simples vocação do gênero (isso tem peso, é claro, já que lésbicas tendem a ter relacionamentos mais consistentes).

Tenho um amigo que diz que até as relações de amizade são difíceis no nosso meio. Talvez sejam. Eu não sei por que em meio a namorados, amantes, ficantes, peguetes e até uma garota ocasional, foram meus amigos que seguraram minha onda, me ouviram, secaram minhas lágrimas e foram pra balada dançar comigo. E talvez sejam esses nossos relacionamentos sérios.
#
E uma notícia, só para provar que a coisa tá feia até para os muito talentosos...
*
Por fim, risos.