sexta-feira, 27 de março de 2009

Youtubing...

Nada de pensamentos hoje. Só dois vídeos do Youtube, e quero comentar que hoje eu terminei com a carga de uma BIC. Tipo, quase nada demais, mas as BICs são estranhas, alguém sempre rouba, alguém quebra... se pararmos para pensar, usar uma caneta até o fim. O fim meeeesmo, é bem raro. E hoje isso me aconteceu.  Mas vamos aos vídeos:

"Womanizer" em linguagem de sinais. Legal, gay, e eu morro de amor por esse tipo nerd gostoso que ele faz na primeira parte. Não posso ver um óculos.

*

Um dos motivos pelos quais eu amo Priscila:

E Flávio não engana ninguém.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Joydick

É... that`s funny. Um joystick e um sex toy. O povo inventa.

quarta-feira, 25 de março de 2009

"Maravilhosa" ou "Inha, inha, inha, Prianha é RAINHA"

Quem me conhece sabe que eu sou intensamente apaixonado pelos meus ídolos. Quando gosto, gosto MESMO. E uma coisa que faz parte de mim é a admiração por mulheres fortes. Para mim, isso está claramente ligado a ser gay, pois dentro da construção filosófica da masculinidade, tudo que é aviltante no homossexual é o que pode ser definido como efeminado.

É como diz a Madonna na introdução de "What it feels like for a girl": Meninas podem usar jeans e cortar o cabelo curto, por que tudo bem ser um garoto. Mas para um garoto parecer uma menina é degradante, pois você acha que SER uma menina é degradante.

Tudo isso para dizer que eu admiro as mulheres divas. E tenho que destacar meus três estandartes de feminilidade, minhas três queridas...

A Barbie, que chegou aos 50 agora (leiam um artigo meu sobre essa história aqui) e para mim foi um marco inicial. A primeira coisa a me fazer lidar com sexualidade, simplesmente por que eu queria uma boneca e não podia ter por que não tinha nascido menina. Uma boneca que virou ícone pregando que meninas podem ser o que quiserem, de donas de casa a astronautas. E aposto, fazendo muitos meninos perceberem que eram... diferentes.

A Scarlett O`Hara (e sua intérprete espetacular, Vivien Leigh) que tendo saído da cabeça de uma jornalista, na era da depressão, é até hoje a maior sobrevivente da história do cinema. O personagem feminino mais rico, com a saga mais pungente. Uma mulher capaz de carregar o mundo nas costas enquanto sua vida entrava em colapso por causa da guerra. E isso na metade do século XIX!

E a Mulher-Maravilha, que foi a primeira super-heroína numa época onde não se pensava em uma revista em quadrinhos protanizada por uma garota. Um ser miraculoso, oriundo da mitologia, para ser a portadora da paz e da verdade num mundo assolado por guerra e injustiça, comandado por homens... nas palavras dela, o "Mundo do Patriarcado".

Pois bem, o que Priscila Pires tem a ver com tudo isso e por que ela está fantasiada de Mulher-Maravilha nesse blog? É por que a Priscila é minha favorita ao prêmio do BBB.

Quando anunciaram os participantes dessa edição, em Janeiro, todo mundo tratou de colocar a Priscila no "personagem" dela. É a gostosa. Tradicionalmente, a gostosa até fica bem na fita e chega ao segundo lugar, mas em pouco tempo a Priscila foi taxada de PIRANHA e mesmo esse segundo lugar ficou ameaçado.

Um dos argumentos (e que eu ODEIO), é que "a gostosa" não precisa do dinheiro, pois saindo da casa faz um milhão rapidamente. Ok, não é o caso da Pri, mas digamos que "a gostosa" não queira posar nua, como era o caso da Grazi Massafera no BBB5? Grazi conquistou o país, todo mundo a amava, e toda a guerra pró-gay em favor do Jean já tinha sido vencida. Mas no fim, ela ficou em segundo, pois valeu o argumento de que em pouco tempo conseguiria o dinheiro. Ok, hoje ela até protagoniza novelas, é a "BBB que deu certo" (temos também a Sabrina e a Juliana do BBB3), mas poderia não ser assim. Poderia ser como a doce Mariana Felício, do BBB6, que mesmo sendo bastante querida, sumiu da mídia.

Mas Priscila aparece na mídia especialmente pelos excessos. Pelo excesso de coxa, peito, bunda, mas também pela fome de sexo, uma atitude liberal e para espanto de todos, inteligência e equilíbrio.

Foi no maravilhoso blog Big Bosta Brasil que eu vi Priscila ser apelidada de Prianha. Os autores fazem isso com respeito, pois a admiram, e podemos ver isso no post sobre ela no blog pessoal da Lelê, uma das três cabeças do Big Bosta.

Assim como eles, eu acho o máximo Priscila ser piranha. Piranha no bom sentido. Eu não tenho o menor problema com prostituição, acho uma escolha profissional válida, mas Priscila não é prostituta. É uma moça jovem, bonita, solteira, que tem todo o direito de exercer sua sexualidade como quiser. E se ela é forte o suficiente para romper com anos e anos de um molde machista que diz que a mulher "pra casar" é de um outro jeito, merece o meu aplauso.

Esse post começou a nascer ainda em Janeiro, quando a amiga Tati Py comentou em "Opção. Um privilégio?", sobre uma menina ser chamada de galinha só por ter uma vida sexual saudável. Chega disso, gente! É tão bonito ver uma moça feliz, sem os grilos que essa educação tacanha coloca na cabeça das mulheres! Que venha uma onda de Priscilas. Que toda uma leva de meninas possa se identificar com ela e saber que podem ser o que quiserem. Freiras, donas de casa, mães, mas também cachorras do funk com roupinha de renda, bundão e pernão.

Taí a Madonna que fez o que quis e depois foi casar, ter filhos, encontrar Jesus...

VIVA A DIFERENÇA, SEMPRE!

segunda-feira, 23 de março de 2009

Militância Inconsciente?

Nessa semana eu estava voltando pra casa e um homem se pôs a frente dos passageiros/platéia e começou a vender um livrinho de Saúde de A a Z. Até aí, nada de novo.

Só que depois ele começou a expressar suas opniões sobre abuso físico contra mulheres e crianças. Eu fiquei sem graça com a "pregação" do repetitivo senhor. Já o meu colega de classe e mais alguns outros passageiros o aplaudiram quando ele terminou, acredito que por deboche. Mas logo eu acompanhei os aplausos, pois admirei o gesto "político" do humilde senhor.


Não foi nesse dia que eu me dei conta de como quem foge do padrão de comportamento está fazendo política mesmo sem saber/querer. Na verdade todo mundo faz política o tempo todo. Dizer "oi" para alguém é político. Fazer questão de não dizer também.

Quem expressa "gratuitamente" o que pensa sobre o que acontece na sociedade acaba passando por louco ou mal educado. Mas como aquele senhor teria a chance de compartilhar a opinião dele com estranhos? Um comercial na TV? Um outdoor? Acho que não. E foi aí que a minha admiração pelos travesti e pintosas 24h/7dias cresceu mais.
Todos sabemos os tipos de constragimentos e abusos que dar pinta acarreta. Quem dá pinta mais ainda. E mesmo assim continuam, se recusando a acatar os papéis sexuais socialmente aceitos. Por que querem ser desse jeito e tem o direito de sê-lo.

O próprio Clodovil, mesmo tendo negado por anos sua homossexualidade, nunca o deixou de ser para o público. Ao mostrar uma postura em acordo com o estereótipo, somos percebidos pelas pessoas como sendo esse estereótipo. Dar pinta é não deixar a sua sexualidade em questão. É dizer com todas as letras, sendo gay ou não.

Alguma dúvida? Procure nos reality shows e veja quem são os gays que dão a cara a tapa publicamente. Geralmente são os que dão um pouco de pinta, porque sabem que as pessoas percebem sem que isso tenha que ser assumido. E isso para mim é mais corajoso e político do que ser "questionável" e/ou "deduzível". Como eu.

quinta-feira, 19 de março de 2009

PUR-PU-RI-NA...

E perdemos Clodovil. Já disse aqui que eu leio o tenebroso jornal popular "MEIA-HORA" (leio mermo...), e na edição de ontem, fiquei dividido. A manchete falando sobre a morte do estilista e deputado tinha uma chamada respeitosa, falando dele e de seu sucesso, mas terminava com um "VIROU PUR-PU-RI-NA" em letras enormes e purpurinadas.

O jornal tem um lado "humorístico", mas na hora eu achei ofensivo. Só que o resto do texto era respeitoso... e ando pensando muito sobre essa mania gay de "procurar cabelo em ovo" nas coisas (next post). Então, até agora, não me decidi. Pensei que o Clodovil não gostaria da manchete, e como mais uma vez a homossexualidade toma a frente da personalidade, mas ultimamente ele estava mais relax com relação a isso, então talvez até gostasse.

A "mídia gay" se pronunciou sobre Clô dividida entre o amor e o ódio, como parecia ser a relação dele com sua identidade sexual. Militantes reclamaram de ele nunca ter apoiado "a causa", artistas falaram da língua ferina e humoristas lamentaram o fim de uma fonte. Polêmica e mais polêmica até o fim.

Não sou militante e tenho ressalvas com algumas coisas no movimento. Acho infantil que cobrassem de Clodovil, somente por usa posição, uma postura pró-homossexualidade. Por que ser gay não é uma opção, então ninguém é obrigado a gostar disso, e como ele mesmo dizia, não há motivo em ter orgulho de dar a bunda. Sei que a luta da comunidade vai muito além disso, mas ninguém deve ser forçado a tomar uma posição nessa luta.

E para mim, querendo ou não, ele tomava. Clodovil podia ser "sem noção" algumas vezes, falar besteira, ofender os outros, mas estava lá. A luta gay começa pela visibilidade, e Clô mostrou a nossa cara na mídia muito antes da querela dos beijos gays em novela.

Uns dirão que era uma imagem negativa, de uma bicha efeminada e que não aceitava essa condição, mas acho que era uma imagem humana. Se hoje um rapaz gay é hostilizado, imaginem quando Clodovil veio ao mundo, 7 décadas atrás? E imagino que não devia ser fácil servir de chacota para o país, sendo a imagem do gay efeminado para praticamente todos os programas humorísticos.

Contudo, Clô se impunha, e mesmo com uma postura combativa, foi aceito pelas donas de casa, estrelou uma peça onde aparecia de terno, meia arrastão e unhas pintadas, após se assumir, e terminou em Brasília, com votação expressiva.

E agora, se foi. De repente. Para morrer, basta estar vivo, mas que coisa... no caso de Clô, há a imortalidade da fama. Um arremate de glória para quem começou de baixo.

terça-feira, 17 de março de 2009

A Beleza na Forma

Quando eu passei para o curso de Artes, arte para mim era o Renascimento. E o Davi de Michaelangelo o ideal de perfeição física e artística. Embora também já me interessasse por Vicent van Gogh e suas pinceladas não clássicas.

Quando iniciei o curso de Artes tinha a idéia fixa de que a arte tinha que ser bonita. Agradável aos sentidos, harmônica, como propagandas de perfume e catálogos de Design. Idealmente, BELA, fosse de qualquer canto do planeta.

Quando comecei a conhecer a produção de arte contemporânea e a estudar a sua filosofia (estética) – passados os preconceitos – percebi que o Davi não é tão belo assim. Pro meu irmão ele está acima do peso.

Entendi que Michaelangelo não foi um gênio que pegou o primeiro bloco de granito e esculpiu essa obra-prima. Que a sua genialidade está em fazer esquecer que admirar Davi é admirar a Igreja Católica, sua ideologia, e todo o poder que o dinheiro de fiéis ainda lhe dá. E que a profundidade dessa obra, para mim, está exatamente nesse ponto: como o interesse causado pela beleza da forma é capaz de sobressair ao contexto e ao conteúdo.

Quando eu conheci o trabalho do contemporâneo Ron Mueck me perguntei o que seria do Michaelangelo hoje. A beleza do trabalho de Mueck é muito mais densa, intrigante. São as “imperfeições” agigantadas; a emoção intuída nas expressões; o tema mundano da matéria humana tão rejeitado pelos ideais cristãos. A dúvida do porque ele não ter retratado modelos da bela forma física, já que domínio da técnica não lhe falta.

São as dúvidas e questões suscitadas por alguns artistas contemporâneos que me fazem achar que vale a pena ainda acreditar em alguma coisa. Porque ao identificar o “estranho” aprendi a me colocar na posição de investigação e não de ignorante rechaço.

Depois que comecei a estudar Artes descobri que a beleza não é uniforme. Que reconhecer algo como belo requer vários conceitos. Que dizer que algo é belo apenas pela forma é não se colocar na posição de aprofundar as coisas. Que o que eu achava belo antes era vazio, puro sintoma do adestramento à cultura de massa.

Quando passei a pesquisar descobri que tudo é questão de embasamento. Faltava e ainda falta conteúdo...

sexta-feira, 13 de março de 2009

A-Gays

Estou de volta aos ares cariocas. Sempre me divirto em São Paulo e não sou nada bairrista, mas é claro que sinto as diferenças, e estando acostumado com o Rio, a tendência é a torcer pelos cariocas.

Estou falando de gays classe A. No Rio, temos as estrelas da Globo e ocasionalmente uma ou outra até dá pinta em alguma night, mas quase nenhuma é assumida. Em São Paulo, vemos na cena gay pessoas que ficaram famosas por participar dela, como André Fischer, Johnny Luxo, Alexandre Herchcovitch, Marcelo Sommer, André Almada...

Eventualmente esse povo aporta no Rio também, mas aqui... não sei. Parece que mesmo com toda a futilidade e vaidade, não ligamos muito para "estrelas gays". Temos o André Piva e o Carlos Tufvesson, mas acho mais fácil vê-los em meio a elite gay paulistana.

Esse assunto me intriga por aquela questão da identidade, pois é lógico que essas pessoas são arquitetos, jornalistas, estilistas, mas acabam sendo identificada primordialmente como homossexuais.

Acho engraçado que em São Paulo eu consiga sentir que dão valor a essa posição. Claro que todo mundo acha curioso ver alguém conhecido, ou pode ficar orgulhoso de estar no mesmo lugar que uma celebridade ou num evento disputado. Mas lá, senti que algumas vezes existia uma valorização dessas pessoas simplesmente pela fama. E no caso, por serem gays famosos.

É interessante quando essa fama traz benefícios à "comunidade", mas ainda assim, acho engraçado.

sábado, 7 de março de 2009

Breve esclarecimento

Para todos os nossos milhões de leitores (Homem Inteligente e Viril e Anônimo) que estão aflitos com a nossa ausência, acalmem-se.

Como explicado nos comentários do último post, o LD está com problemas no PC e é muito pobre para con... Digo, não está em condições de postar no momento (Hahaha, eu sou uma pândega)!!

Literatum está com postagens engatilhadas, mas precisa terminar de ler os livros antes de indicá-los. Aí, já viu...

Quanto a mim, estou aproveitando o clima levemente mais ameno de São Paulo, passando uma semana altamente glamourosa enquanto celebro o aniversário da Diva que é tão importante para a minha vida e para a minha identidade: a Barbie.

Mas aguardem, assim que a preguiça permitir, farei um post sobre como os paulistas são gostosos e como a balada aqui é super diferente da balada no Rio.

Wait and see...