sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Novos ciclos...

Pois é, não há mal que sempre dure, então acho que o meu inferno astral deve mesmo ter chegado ao fim, por que esta é a única explicação para as duas notícias abaixo:

Melanie B confirma no Twitter que as Spice Girls vão se reunir novamente

Filme live-action da Barbie encontra estúdio

Não há palavras...

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Sobre o fetiche da conversão

Acontece com qualquer um. Você conhece aquele alguém que atende todas as suas mais loucas exigências (geralmente) físicas. Mas infelizmente nem se é reparado porque a orientação sexual é diferente da que gostaríamos. E o que fazemos então? Aceitamos como mais uma ironia da vida? Não, não. A gente insiste. Talvez ele não tenha reparado como "eu sou" inteligente/gostos@/bem-humorad@/estilos@ e tantos outros predicados.

Difícil dizer porque alguns homens e mulheres teimam em achar que alguns homens podem ser "convertidos" e que podem mudar de orientação sexual. O fato é que acontece, e eu gostaria de dividir algumas opiniões sobre o assunto com vocês. Só gostaria de deixar claro que em momento algum quero dizer que seja possível algum tipo de conversão em algum sentido definitivo da coisa.

Talvez porque na nossa cultura faça parte do papel social feminino ser atraente tanto física quanto intelectualmente para os homens (mesmo que isso signifique ser mais burra), quando mulheres e gays encontram um homem que eles não conseguem atrair (de jeito maneira) talvez isso mexa com a nervos dos que se sentem mais confiantes - por se acharem irresistíveis - e inicie um complicado jogo de conquista com o objetivo único de não passar despercebido ou ser rejeitado.

Outra possível explicação poderia ser, também, o fato de que na nossa sociedade o homem seja direcionado a valorizar mais os estímulos sexuais/sensoriais físicos do que os emocionais/psicológicos o que o tornaria mais sexualmente "flexível" do que as mulheres que supostamente precisariam de um vínculo afetivo que requer táticas mais complexas e aleatórias que estímulos físicos/sensoriais. Isso sem mencionar que rapazes tendem a valorizar mais o número de conquistas sexuais que as moças. O que justifica sexo por sexo tanto para homens héteros quanto para homens gays, mas o que não quer dizer que fazer sexo com uma pessoa de orientação sexual diferente muda a percepção do mesmo sobre a sua própria orientação.

Não tenho como dizer que nunca desejei ter um corpo bonito o suficiente que fosse capaz de enfeitiçar/atrair até homens (que se consideram) héteros. Mas nunca passou, pra mim, de um fetiche, que se concretizado só poderia me trazer dor de cabeça, já que a idéia de convencer alguém sobre a sua própria sexualidade nunca me pareceu tão atraente assim.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

National Pride

Olhem que interessante a coluna de ontem do Mauricio Stycer.

Taí uma coisa na qual eu sempre pensei. Não por ser anti-nacionalista não, mas sim por que esse tipo de comportamento é ridículo.

Me marcaram três momentos. O primeiro no show da Madonna de 1993, quando ela vestiu uma camisa do Flamengo, para delírio da multidão, enquanto tentava falar meia dúzia de palavrões em português. Legal, todos os artistas decoram algumas palavras para mostar simpatia mas e daí? Escutar a nossa língua sair da boca da Madonna faz com que ela soe melhor em que? Isso se repetiu no show dela no ano passado, com a camisa da seleção. Grandes coisas.

Outro momento interessante foi no show da Briney Spears, no Rock in Rio de 2001, quando a bandeira americana foi vaiada e vários comentaram que ela deveria ter exibido uma bandeira do Brasil. Pergunto: WHY? Britney Spears por acaso é brasileira?

Tenho certeza que nenhuma das pessoas que vêem shows internacionais como palco para nacionalismo topariam abraçar a bandeira dos EUA num show em Nova York, de onde se conclui que a homenagem só pode ser feita ao Brasil, e nunca retribuida...

Eu, héin!

domingo, 13 de setembro de 2009

It was acceptable in the eighties... it was acceptable at the time!

Todos que lêem o blog sabem como eu admiro o look dos anos 80. Há coisas absurdas, mas o exagero tem personalidade, e os anos noventa me parecem só cafonas, já que a década anterior era cafona sim, mas com estilo.

Falando em estilo, está sendo gravada em Nova York, nesse momento, a sequência cinematográfica de Sex and the City, e em flashbacks de vinte anos atrás, vemos as garotas como chegaram a NY: cheias de estilo, mas nos anos 80!


quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Are babado!

Essa semana está super difícil postar alguma coisa. Nem a última semana da novela eu consigo ver.

Mas não posso deixar passar em branco assim... Encontrei essa foto no orkut de um amigo e achei o MÁXIMO.

Por mais que eu saiba que esse final é tão irreal quanto a Luciana Gimenez ganhar o Nobel, a iniciativa da foto foi legal e se a Globo deu permissão pra isso, PARABÉNS!

Are Baba!

domingo, 6 de setembro de 2009

Transgêneros, TV e Talento

Poucas são as vezes em que membros da comunidade LGBT aparecem de forma positiva na televisão e no caso dos transgêneros, em geral, a probabilidade disso acontecer é ainda menor. Comumente qualquer pessoa que quebre o código social dos gêneros só aparece na mídia como fonte inesgotável de piadas, muitas das quais incrivelmente depreciativas.

Sei que muitas das vezes são transgêneros que conseguem um espaço na mídia pelo seu senso de humor e capacidade de rirem de si mesmos. Mas dificilmente vemos transgêneros representados com naturalidade ou mesmo a entediante assexualidade de gays e lésbicas de novela.

No entanto no último mês bombaram na internet vídeos de dois reality shows onde dois transgêneros se mostram como fortes concorrentes em competições de talento.

A primeira é a dançarina Leyomi do grupo de dança Vogue Evolution que participa de uma competição da MTV americana para escolher o melhor grupo de dança dos EUA.


Já o segundo vídeo foi tirado do programa brasileiro Ídolos daquela emissora de índole...



Em ambos os vídeos a questão da sexualidade é posta em segundo lugar. O destaque, e impacto incial fica por conta do talento, tanto de Leyomi quanto da Lívia Mendes.

Agora é acompanhar a condução da abordagem do assunto nos programas. No MTV eu não duvido que isso não gere conflito nenhum, mas em se tratando daquela emissorinha lá, não ficaria assustado se o número de votação para a Lívia fosse surpreendentemente desconectado numa final...

sábado, 5 de setembro de 2009

Amor, sexo e pais homofóbicos... ou"Tranformei meu filho em bicha?"

Na sexta passada teve a estréia de "Amor e sexo", novo programa da Rede Globo, apresentado por Fernanda Lima. Nos moldes do "Altas Horas", mas centrado em sexo, ainda não vi muita coisa para dar uma opinião conclusiva, mas acho legal termos um espaço para falar do assunto na emissora.

Além de joguinhos e matérias, o programa conta com uma sexóloga para responder as perguntas do público com embasamento, e o politicamente correto e a modernidade vão garantir que as posições oficiais sejam sempre gay-friendly. Mas é claro, num programa que recebe ligações externas e faz pesquisa na rua, temos que tudo...

No programa de hoje, um pai preocupado ligou para dizer que seu filho é homossexual, e queria saber se pode ter contribuído para que ele optasse por isso, e se há algum tratamento que possa reverter isso.

A doutora falou lindamente sobre como a homossexualidade não é uma doença, e que uma reversão da condição não deve ser buscada. Falou de amor e aceitação, e de como os pais podem afetar seus filhos com uma rejeição do tipo. Depois, foi exibida uma pesquisa nas ruas, com uma maioria de respostas positivas, embora muitos tratem da orientação sexual como algo opcional. De maneira realista, falou-se da surpresa e do choque inicial, mas o amor saiu ganhando como argumento. Uma exceção foi um senhor (que eu nem achei o mais másculo da paróquia...) dizendo que não aceitaria ter um filho gay, pois isso seria sinal de que não o criou bem.

Ok, eu posso ser pouco nobre, mas quando escuto algo assim, tal é a minha revolta que só penso em homicídio mesmo...

Recentemente tivemos a polêmica daquela pseudo-psicolóloga, Rozângela Justino, que disse ter "curado" vários gays, e que se sentia ameaçada pela "militância gay nazista". O assunto acabou passando sem menção aqui no blog, acho até que por ela ter recebido o CHAMADO divino quando comprou um disco do Chico Buarque que veio com músicas de louvor no lado B (um milagre, é claro).

Pode ser também por que eu acho que as pessoas devem ser livres para procurar o que julgarem certo, inclusive uma reversão de seu desejo sexual, ainda que eu só possa concluir, pela minha vivência, que tal esforço é ridículo.

Vou reproduzir abaixo um trecho da carta à psicóloga publicada por Jean Willys:

É possível que os oprimidos se identifiquem com a ideologia de seus opressores mesmo sem terem consciência disso. É por isso que podem existir negros racistas e homossexuais moralistas. E é por isso também, minha senhora, possível que muitos homossexuais que não resistam às pressões e violências diversas impostas pela ordem em que vivemos tenham procurado seu “consultório” em busca de “cura” para a homossexualidade. A este comportamento nós chamamos de homofobia internalizada. Se a senhora fosse uma psicóloga competente e ética, saberia que os objetivos de uma terapia psicológica não podem ser definidos em termos de mudanças de comportamento do paciente. A cura no sentido de restabelecimento do estado anterior a uma doença é um privilégio da medicina e só existe para patologias provocadas por vírus, bactérias ou fungos ou por disfunções orgânicas e hormonais ou, ainda, para certos tipos de câncer. Homossexualidade não é doença, logo, não precisa de cura.

Fica o recado para os pais preocupados então (o que ligou para o programa já teve resposta). Amem seus filhos. Um filho é uma pessoa diferente de você, com quem não necessariamente você vai se identificar, com idéias próprias que não necessariamente você vai apoiar. Cabe, então, o viva e deixe viver. O respeito. E isso já requer uma grande quantidade de amor.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Going GaGa over Lady!

Bom, eu ainda não consegui realizar o projeto de homenagear as grandes divas da minha vida aqui no blog, e nem começaria por ela, mas tenho que dizer: EU AMO LADY GAGA!



Pop é pop, então não quero discutir originalidade ou conteúdo em sua obra. O que me atrai é o flerte com o kitsch, a estética gay e oitentista, forte também na deusa Kylie.
Mas o post é só para comentar esta notícia:

Lady GaGa declarou que o ponto alto de sua carreira foi atingido em um show de Nova York, com dois homens fazendo sexo na platéia, que incluía Madonna. A cantora disse ainda ter tudo o que sempre quis com isso, e que jamais viraria as costas à comunidade gay que, segundo ela, é a razão por ela estar onde está hoje.

Eu concordo com ela, até por que grandes divas são feitas por seus admiradores. A postura gay-friendly, as letras ambíguas e sexualizadas também ajudam, e OH MY GOD! Como eu gostaria de transar num show dela, com a Madonna do meu lado (ou num da Madonna com ela ao meu lado...)!! Dificilmente alguma situação pode ser mais gay do que essa...

Bom, teve o caso do chiuaua de brinco rosa roubado por um homem com uma tatuagem da Britney Spears, mas aí já é outra história...

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Was about fucking time!

Nunca usarei este ou qualquer outro espaço para promover a violência. Sim, sou humano, e mesmo como "gay modernoso", tenho minhas intolerâncias, sinto raiva, me vingo, e sou capaz de muita coisa. Mas em linhas gerais, não apóio a violência.

É lógico que mais cedo ou mais tarde os homossexuais reagiriam à violência a que somos expostos todos os dias de forma violenta. O próprio levante de Stonewall começou assim, com uma reação violenta à opressão.

Mas em Pittsburg, Filadélfia, um grupo denominado "BASH BACK" prega que se dê o troco no Estado opressor e heteronormativo. Não, não é um episódio da quarta temporada de "Queer as Folk"...

O grupo diz lutar pela liberação, se colocando contra a opressão do Estado e qualquer forma de governo. Admite e valida a luta GLBT, mas considera o desejo por instituições como o casamento mero simulacro da heterossexualidade, reproduzindo as normas de uma forma de poder heterossexual.
Eles são contrários ao que chamam de "Sistema binário de gênero", que classifica as pessoas em macho e fêmea. A maioria dos membros não se classifica assim, ou diz ser os dois. Anti-sistema, anti-militarismo e anti-casamento para qualquer um, o que eles apóiam é a auto-determinação do gênero, muito sexo e pornografia, e o confronto como primeira resposta à violência.

"Não estamos tentando mudar a cabeça das pessoas; nem tentamos forçar heterossexuais a nos dar liberdade. Estamos revidando," diz Tristyn Trailer-Trash, membro do grupo. "Vamos parar com a pregação de ódio, parar com a criação de um ambiente pouco amistoso para pessoas gays e trans. Não vamos ser bonzinhos com isso - eles não têm sido!"

Apesar do discurso, a violência do grupo é mais psicológica, com protestos, passeatas, beijaços e vandalizações em igrejas evangélicas, eventos políticos anti-gay e coisas do tipo.

Será esse o único caminho para conquistarmos nossos direitos? Revoltas e protestos já funcionaram para outros grupos, então é um caso a se pensar...