quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Votação Online

Mais um fim de período, mais uma ausência prolongada.
Como o período ainda não acabou... tenho que ser rápido.

Acredito que alguns já saibam sobre o projeto de lei PLC 122/2006 que criminaliza a homofobia e sobre a votação no site do Senado Federal - na coluna direita. Esse projeto que agora também protege pessoas que sofrem preconceito por serem deficientes ou idosas. O que alguns podem não saber é que essa eleição online está realmente sendo vista por quem faz o site porque quando eu soube dessa votoção a mais ou menos um mês não tinha o código verificador para confirmação do voto e acredito que essa medida tenha sido tomada para evitar que spams sejam utilizados.

Eles nem deviam estar esperando tantos votos assim em um site oficial do governo. Eu voto quase todo dia e espero pra ver o que toda essa disputa online pode acarretar. A votação está sempre MUITO acirrada - 49%-51% geralmente. Então dê uma lidinha no projeto de lei, pesquise, decida e VOTE.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Depois não sabem por que eu tenho PAVOR da China...


Como se não bastasse a capacidade de tirar o planeta do eixo com um pulo sincronizado...

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Bad Romance

Lady Gaga é doida, e por isso mesmo genial. Vejam o clipe de sua nova música, já tão especial para mim:

terça-feira, 10 de novembro de 2009

A Deusa entre nós...

Pois é... mais uma vez, por tempo limitado, estou indo dormir na mesma cidade que a Madonna.

Recentemente, ela foi chamada de DEUS, por alguém para quem ela com certeza é muito mais onipotente e concreta do que qualquer crença. Falem o que quiser, mas ela está fazendo algo pelos outros, né?

Eu já a tinha chamado assim antes, quando ela fez por mim o que faz pelo mundo com sua arte e me emocionou, e certamente ela é uma deusa para o seu homem, já que transformou a vida dele no que só pode ser descrito como um milagre.

Madonna conheceu a sogra (que bonitinho) e veio à cidade para falar com o Governador e o Prefeito sobre projetos sociais... será que sua divindade fará algo pelo Brasil e pela cidade olímpica? Há boatos de um show beneficente, de um para celebrar o jubileu de Brasília... Isso sim me interessa, mas com a Copa, as Olimpíadas e o bom momento econômico, parece que finalmente estamos no mapa, e pode ser que Madonna realmente consiga ajudar alguém por aqui...

Quem sabe ela não adota uma criança brasileira? Meu lado romântico torce pelo namoro como Jesus. Daqui a pouco completa um ano, e quem sabe essa relação não faz com que ela se interesse mais pelo Brasil? Se estivermos inclusos em todas as turnês vindouras, será um novo milagre...

Deixo-os com os versos de uma música dela, que se encaixa bem nesse fim do meu antigo relacionamento:

MILES AWAY

I just woke up from α fuzzy dreαm
You never would belıeve the thıngs thαt I hαve seen
I looked ın the mırror αnd I sαw your fαce
You looked rıght through me, you were mıles αwαy

Αll my dreαms, they fαde αwαy
I'll never be the sαme
If you could see me the wαy you see yourself
I cαn't pretend to be someone else


You αlwαys love me more, mıles αwαy
I heαr ıt ın your voıce, when you're mıles αwαy
You're not αfrαıd to tell me, mıles αwαy
I guess we're αt our best, when we're mıles αwαy
So fαr αwαy, so fαr αwαy, so fαr αwαy, so fαr αwαy
So fαr αwαy, so fαr αwαy, so fαr αwαy, so fαr αwαy

When no one's αround αnd I hαve you here
I begın to see the pıcture, ıt becomes so cleαr
You αlwαys hαve the bıggest heαrt
When we're 6,000 mıles αpαrt

Too much of no sound
Uncomfortαble sılence cαn be so loud
Those three words αre never enough
When ıt's long dıstαnce love

I'm αlrıght
Don't be sorry, but ıt's true
When I'm gone, you'll reαlıze
Thαt I'm the best thıng thαt hαppened to you


Quanto ao meu novo relacionamento, é cedo para músicas.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Alcione, MV Bill e Direitos Humanos

Eu, obviamente não fui à parada. Não acho que ninguém deva ir, mas não gosto de bloco de carnaval, micareta ou afins. Se fosse uma marcha é mais provável que eu fosse.

Mas não é por isso que eu não posso participar dos outros eventos que ocorrem no calendário da Parada do Rio. Na última sexta-feira (30.Out) pela primeira vez fui na entrega do Prêmio Arco-Íris de Direitos Humanos. Fui com uma amiga hétero, meu namorado, e um amigo estrangeiro gay, mas na platéia tinha vários senhores de idade, jovens, pessoas de todas as classes e cores. Confesso que o coquetel anunciado na programação ajudou a ida de todos, assim como a simbólica quantia de R$1,99.

O prêmio elege personalidades, instituições, empresas e pessoas que se destacaram na promoção dos direitos de LGBT ao longo do ano. Problemas de produção à parte, foi MUITO legal. Eu que não acompanho tanto assim o que ocorre com todos os envolvidos da sigla LGBT fiquei feliz em saber que algumas poucas pessoas ainda fazem da sua vida uma luta por por direitos não somente individuais, mas de muitos outros que por quaisquer motivos não embarcam na luta. Aqui está a lista completa dos premiados.

MV Bill ganhou o prêmio na categoria Atitude pelo seu DVD Despacho Urbano onde utilizou cenas da Parada Gay do Rio . Durante o agradecimentou ele rappeou (?) a música "Só Mais um Maluco". Vale a pena dar uma conferida no vídeo de agradecimento. O discurso dele foi um dos meus favoritos.


"E a Alcione?" Essa foi a pergunta que meu namorado fez. Ele não sabia que ela era tão querida do público gay. A minha teoria é que músicas como "Ou Ela, Ou Eu" e "Além da Cama" por serem músicas em que obviamente a intérprete faz o papel de amante, que mantém um relacionamento não assumido socialmente, têm um forte apelo para gays e trans que muitas vezes levam relacionamentos longos às escondidas. Já vi alguns transformistas cantando músicas dela. Vale notar que as pessoas que compuseram essas músicas são homens. E o verso da primeira diz: "No aperto de mão, meu olhar vai pro chão pra ninguém perceber". Se fosse uma mulher não seria beijinho no rosto?

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

A Parada do nosso amor...



Num dos anexos de seu glorioso Devassos no Paraíso, João Silvério Trevisan fala sobre as paradas gays e seu impacto em nossa vida social e representação política. O anexo se chama "A parada do nosso amor". Sempre gostei do título, pois é essencialmente isso mesmo, uma parada (do/pelo/em prol do) nosso amor.

Ontem, o Rio teve sua 14ª Parada, e mais uma vez eu tive a confirmação de que mesmo com a festa, este é um evento político de importância única, que para mim representou uma redenção e um recomeço.

A simples visibilidade já é significativa, mas no Rio temos um governador que apóia e comparece ao evento (e até dança...). Sem conseguir fugir de citar a vitória olímpica, Sérgio Cabral discursou e apoiou o evento, terminando com o óbvio: Se um homem gosta de outro, é problema só dele...
Nosso prefeito prometeu aumentar os recursos para o evento, que é tão benéfico para a cidade, e criar uma coordenadoria para promover o desenvolvimento de políticas públicas para a população GLBT.
Os trios mandavam o recado da igualdade e da tolerância, e uma religião sem preconceitos fazia divulgação (enquanto uma outra tentava nos convencer de que "a mulher é para o homem, segundo a vontade de Deus", e viva a diversidade de opiniões).

Choveu do início ao fim, mas isso não desanimou o povo. Hoje, veio a coroação. Apesar de ainda ser um título discutível, as preces do meu homofóbico detrator virtual não deram em nada (Deus devia ter mais o que fazer...), e o Rio foi escolhido como o melhor destino gay do mundo. Isso é ótimo para a cidade olímpica, pois mesmo que ainda estejamos longe do ideal, é mais um estímulo para chegar lá (o melhor destino americano é Nova York, and boy, we WILL be together again!).

Distribuição de camisinhas, divulgação de Do Começo Ao Fim e tivemos um evento pacífico, bonito, significativo e divertido. Um sucesso.

Para mim, um novo ciclo. Sete paradas atrás, eu estava feliz da vida, pois finalmente tinha encontrado alguém para chamar de meu. O Brasil era penta, e a alegria generalizada só fez da parada uma festa maior. Redescobri um amigo de infância e revi o L.D, que logo se tornaria tão fundamental para minha vida. Tinha esperanças... Nesse ano, foi um recomeço. Talvez a chuva tenha servido para "lavar a alma".
Não gosto dessa idéia de "Lei do retorno", acho simplista, como quase todas as teorias que buscam confortar o povo. Se Deus não existe, EU sei bem que o meu antigo relacionamento teve muitos momentos felizes, mas claro, foram os ruins que o levaram ao fim, e talvez eu tenha sido recompensado por eles... O meu piercing no nariz está de volta. Involução? Prefiro pensar que é uma aliança. Depois de anos, eu finalmente posso voltar ao que era, sem perder o que aprendi no caminho. Relacionamentos são complicados, pois é difícil se adaptar a uma pessoa nova, desconhecida, que de súbito fica tão próxima. É preciso se comprometer, mudar... e não me arrependo de nenhuma mudança que tive. As reversíveis não eram mudanças verdadeiras, então basta retomar o que havia de bom no meu antigo eu, tão jovem, e adicionar a experiência desses sete anos. Talvez as energias da compensação tenham agido para que eu estivesse preparado para recompensa, pois eu tenho certeza que sou uma pessoa melhor agora, muito mais merecedora desse novo amor, desse novo tempo, desse recomeço...